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Improviso é a marca nas três cidades
Willian Novaes
Do Diário do Grande ABC
31/01/2011 | 07:26
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Um pouco distante da região do Paço Municipal os adolescentes frequentam a Avenida Kennedy, tradicionalmente conhecida pelos barzinhos e baladas. Como a idade ainda não permite a entrada deles nas festas, se concentram próxima aos bares, bebem vodca com enérgico e contam das trapalhadas que realizam quando estão bêbados, em plena calçada.

Na cidade de Santo André, o Parque Celso Daniel, o estacionamento de um hipermercado e a Rua das Figueiras são os principais pontos de encontro dos menores de idade para beber e paquerar. Eles sempre se reúnem em grupos.

No parque andam com pets abastecidas de uma mistura que leva álcool pelas alamedas. Algumas turmas deixam um forte cheiro de maconha por onde passam. As meninas ficam sentadas nos banquinhos e os meninos andam de um lado para outro.

"Enquanto não tenho idade para a caranga (carro) tenho de ficar de rolê por aqui mesmo", conta Pedro, 16 anos.

Na Rua das Figueiras, as garotas se vestem como gente grande, com vestidos curtíssimos e sapatos de salto alto. A concentração é numa esquina. Ali a vodca é passada de mão em mão. A maioria bebe pura. As confusões são presentes.

A equipe do Diário acompanhou diversos bate-bocas, que terminam sempre com alguém no chão, não devido às agressões, mas por causa da embriaguez.

Parece uma imensa passarela. Assim é a Avenida Goiás, em São caetano, principalmente às sexta-feiras. Adolescentes e algumas crianças ficam andando de um lado a outro, rindo e com copos, cigarros e garrafas nas mãos.

Eles se concentram em quatro pontos e são quatro grupos distintos. A primeira turma fica sentada na esquina da Rua Senador Vergueiro com a Goiás. Logo atrás de um supermercado, a maioria de meninas e meninos. Eles falam alto e bebem no gargalo vinhos, pingas e cervejas. A descontração é a marca.

Logo na sequência, na Praça da Bíblia, jovens bebem vodca com copos descartáveis e misturam com gelo e refrigerante. A mesma praça é frequentada por garotos que consomem açaí na tigela.

O Diário notou adolescentes preparando e fumando alguns baseados. Mais para frente fica os mais jovens, na faixa dos 13 e 14 anos. Uma turma de mais de 50 fica brincando e dando um tapa em um narguilé na porta de uma lanchonete. Já no posto de gasolina, que fica na esquina da Rua Amazonas, o consumo de bebida é digno de grandes festas. Os jovens bebem diretamente em um balde, vodca com enérgico. A maioria era de maiores de idade, mas alguns menores estavam juntos ali. Depois de beber, alguns motoristas saíam cantando pneus em alta velocidade, com seus carros equipados.




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