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Leilão oficializa venda da Varig
20/07/2006 | 00:03
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O leilão judicial da Varig que acontece nesta quinta-feira e deverá ser apenas uma cerimônia para homologar a única oferta pela companhia, feita pela ex-subsidiária de logística e transporte de cargas VarigLog. Quarta-feira, ninguém se habilitou para participar da disputa, por meio do depósito do preço mínimo de US$ 24 milhões, e apresentação de uma carta de fiança bancária, de US$ 75 milhões.

A ex-subsidiária de logística e transporte de cargas quer iniciar a primeira etapa de reestruturação da Varig com até 2 mil funcionários e 13 aviões, o que vai custar a demissão de cerca de 8 mil pessoas. Situação bem diferente do fim do ano passado, quando haviam quase 12 mil empregados e em torno de 80 aviões.

A nova Varig, como está sendo chamada a empresa que vai a leilão, terá a concessão de toda a operação nacional e internacional da Varig e Rio Sul, assim como as duas marcas. Em até 180 dias após a oficialização da compra, a VarigLog planeja ter até 80 aviões, o que indica a possibilidade de recontratação dos empregados que serão dispensados.

O programa de milhagem Smiles, com 6 milhões de usuários e passagens a serem honradas no valor de R$ 70 milhões, também ficará na nova Varig. A VarigLog também vai assumir o passivo de R$ 245 milhões referente a passagens que já foram vendidas, mas não foram usadas. Dois dias após a oficialização da compra, estão previstos US$ 75 milhões para a empresa.

A área comercial, que inclui toda a venda de passagens, também permanecerá nessa estrutura. A oferta da VarigLog, de pouco mais de US$ 500 milhões, inclui US$ 20 milhões que estão sendo emprestados para custear a operação da ex-controladora até o leilão. Há ainda US$ 485 milhões previstos como aporte para a companhia que já teve a hegemonia do mercado nacional e internacional, mas que viu sua participação no país minguar para menos de 5% hoje.

Parte dos recursos prometidos pela VarigLog será usada para garantir uma receita mínima na Varig antiga, que é como está sendo conhecida a empresa que permanecerá em recuperação judicial para amortizar o passivo de R$ 7,9 bilhões da Varig.

A Varig antiga herdará a marca Nordeste e apenas uma rota, o vôo ida e volta Congonhas-Porto Seguro, com 50 funcionários. Também fará fretamentos de aeronaves para a nova Varig, por meio de um contrato de 3 anos. O mesmo tipo de parceria valerá para o centro de treinamento de pilotos, num período de 10 anos. Todos os imóveis da Varig, avaliados em R$ 120 milhões, também renderão receita vinda de aluguel.




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