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Palestino é morto depois de sete dias de trégua
Da AFP
05/07/2003 | 12:26
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Um palestino morreu neste sábado depois de uma forte explosão ao leste de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, enquanto a trégua condicional e temporária dos ataques contra Israel, anunciada pelos movimentos palestinos, entra no sétimo dia.

A vítima se chama Majdi Abu Shaluf, 22 anos, segundo fontes médicas. Logo após a explosão, cuja origem ainda não foi determinada, um palestino que estava ao lado de Shaluf foi atingido por disparos israelenses.

Esta morte eleva a 3.376 o número de vítimas fatais desde o início da Intifada, em setembro de 2000, incluindo 2.545 palestinos e 770 israelenses.

Por outro lado, as possíveis libertações por Israel de presos palestinos, apresentadas como uma das principais condições para a trégua, devem ser analisadas no domingo pelo governo israelense.

Avi Dichter, líder do Shin Beth, serviço de segurança interna, apresentará ao primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, uma lista de detidos que poderão ser liberados. A relação foi estabelecida de acordo com critérios recomendados pelo Shin Beth, informou a rádio pública israelense.

A eventual libertação dos presos será aprovada à medida que a Autoridade Palestina realize avanços para impedir ataques contra Israel, acrescentou a rádio.

A rádio também citou o retorno à região, na próxima semana, do emissário americano John Wolf, que será o chefe da equipe de observadores encarregados de supervisionar a aplicação do "Mapa da Paz", plano internacional para a solução do conflito israelense-palestino que prevê a criação de um Estado Palestino até 2005.

As eventuais novas retiradas israelenses de áreas palestinas ocupadas poderá ser tema de debate no encontro de domingo entre Mohammad Dahlane, ministro palestino delegado para Assuntos de Segurança, e Shaul Mofaz, ministro israelense da Defesa.

Os presos condenados por envolvimento em ataques que tenham causado mortes ou feridos, integrantes dos movimentos radicais islâmicos Hamas e Jihad Islâmica, ou aqueles que podem voltar a participar de atos de violência contra Israel, não aparecerão na lista de detidos que podem ser libertados, segundo a rádio.

De acordo com Israel, um total de 6 mil palestinos estão presos, entre eles 1.600 detidos antes do início da Intifada. A possível libertação foi abordada na última terça-feira em Jerusalém durante a reunião entre Sharon e seu colega palestino Mahmud Abbas.

Quatro movimentos palestinos, incluindo o Hamas, a Jihad Islâmica e o Fatah, anunciaram no dia 29 de junho uma trégua unilateral, condicionada e temporária, em seus ataques contra Israel, exigindo entre outras coisas a libertação dos presos palestinos.




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