A existência do lixão foi denunciada na última semana pelo Diário. Segundo moradores do Jardim Guiomar, o entulho, formado por lixo doméstico, acumula-se no espaço há cerca de dez anos. Ele ocupava uma área de 200m² de mata fechada preservada pela lei de mananciais. A deficiência na coleta no local teria impulsionado a formação do lixão.
Nesta terça, seis profissionais fizeram a remoção do entulho. Protegidos por luvas, eles carregaram os sacos lixo para fora da mata. A maior parte do entulho estava armazenada em sacolas plásticas de supermercado, o que facilitou o transporte.
O material foi levado até o lado oposto da linha da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e recolhido por um caminhão da empresa responsável pela coleta de lixo doméstico em Rio Grande. De lá, o entulho seguiu para o aterro da Lara, em Mauá.
Técnicos da Cetesb fizeram uma vistoria no lixão na manhã desta terça, enquanto os profissionais da Prefeitura faziam a limpeza do local. O órgão estadual deve acompanhar a coleta do material. Quando a limpeza estiver concluída, a Cetesb fará uma nova avaliação do terreno, para saber se o local está contaminado.
Na segunda-feira, uma análise do Movimento de Defesa da Vida do Grande ABC (MDV) apontou contaminação por coliformes fecais da água das nascentes próximas ao lixão. A Prefeitura contestou o exame e vai pedir uma contra-prova ao Instituto Adolfo Lutz. O caso também está sendo acompanhado pelo Ministério Público de Ribeirão Pires.
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