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PT opta pelo divã para resolver ‘traição’
02/06/2005 | 00:00
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A bancada do PT na Câmara optou pelo divã para resolver o problema com os deputados que assinaram a CPI dos Correios, ao contrário da punição já aplicada ao senador Eduardo Suplicy (PT-SP) pelo grupo do qual o senador integra dentro do partido. Durante três horas, a executiva da bancada do partido e os 12 deputados que assinaram a CPI discutiram nesta quarta, sem ameaça de punição e sem retaliação, a relação e a convivência entre eles.

Os outros dois petistas que haviam assinado a CPI, Antonio Carlos Biscaia (RJ) e Virgílio Guimarães (MG), não foram chamados à sessão de discussão na liderança do partido porque concordaram em retirar as suas assinaturas do requerimento atendendo a um apelo do partido.

"Queremos resgatar as relações na bancada", afirmou o líder do PT na Câmara, Paulo Rocha (PA). O líder deixou claro na reunião que não estava em curso nenhuma medida punitiva contra os deputados e que discordava das declarações do presidente do PT, José Genoino, e do ministro da Casa Civil, José Dirceu, que sugeriu aos petistas que apoiaram a CPI que deixassem o partido. Genoino e Dirceu integram o chamado campo majoritário, que nesta terça expulsou o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) da chapa que disputará a eleição para o diretório nacional. Suplicy foi o único senador petista a assinar a CPI dos Correios.

O líder Paulo Rocha e os integrantes da executiva da bancada, excluído o deputado Walter Pinheiro (PT-BA), que estava na condição de integrante do grupo que assinou a CPI, preferiram nesta quinta discutir o método adotado pelos petistas do que os motivos que levaram os deputados a assinarem o requerimento. A reclamação da executiva era a de que os deputados não esperaram a decisão da bancada para assinar o pedido.

"E nós achamos que o governo e a bancada têm errado muito na demora em reagir às denúncias, que a estratégia de abafar a CPI era equivocada e um erro querer atribuir a nós a responsabilidade pela crise", afirmou o deputado Chico Alencar (PT-RJ), um dos que apoiaram a CPI.

"Para nós, a bancada deveria ter proposto a CPI", disse o deputado federal Ivan Valente (PT-SP).




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