Alta nas notificações de mortes em decorrência
da doença é atribuída à falta de imunização
Embora balanço mais recente da Sala de Situação Regional do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, com dados até 1º de agosto, aponte alta de 10,3% nos casos confirmados de H1N1 na região, a expectativa de especialistas é de que as ocorrências deem trégua nos próximos meses. Os registros da doença nas sete cidades passaram de 260 para 287 no período e chegou a 48 o número de vítimas fatais,
“(O crescimento) Pode ser atribuído à situação de que nem todos tomaram a vacina ou casos em que ela falhou, pois há pessoas que têm resposta menor. Em pacientes que fazem uso de remédio imunossupresor, a faixa de proteção da vacina é bem menor, por exemplo”, explica o infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein Luis Fernando Aranha Camargo.
No Grande ABC, os casos suspeitos envolvendo a SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) também tiveram aumento, passando de 943 para 951 notificações. Os números contabilizam doentes a partir de internação na rede de Saúde de cada cidade, com quadro caracterizado por febre, tosse ou dor de garganta e dificuldade para respirar. Apesar do cenário, Camargo não acredita que as ocorrências tendam a crescer. “Imagino que boa parte da população se vacinou. O H1N1 gerou pânico e muitas pessoas se imunizaram também na rede particular.”
Prova disso é que nas clínicas privadas da região, onde o preço da dose chegou a R$ 130, não há mais estoque.
Já na rede pública, segundo as prefeituras, há doses disponíveis para os grupos prioritários, principalmente para as crianças entre 6 meses e menores de 5 anos que não receberam nenhuma dose da vacina em anos anteriores e precisam ser imunizadas duas vezes, em um intervalo de 30 dias.
Independentemente de qualquer coisa, a prevenção deve continuar fazendo parte da rotina, alerta o especialista. “As principais medidas para evitar o contágio são lavar sempre as mãos e evitar aglomerações”, fala o infectologista.
De 25 de julho até ontem, o número de vítimas fatais em decorrência do H1N1 passou de 43 para 48 no Grande ABC. Dos casos mais recentes, três pessoas eram de Santo André (mortes registradas em maio, junho e julho); uma de Diadema (em junho) e uma de São Caetano, que também faleceu em junho. Somente agora esses casos foram confirmados.
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