O ex-prefeito de Rio Grande da Serra e oficializado ontem postulante ao Paço de Ribeirão Pires Adler Kiko Teixeira (PSB) comparou a eleição deste ano com sua primeira tentativa de chegar ao poder em Rio Grande, em 2004. Na avaliação do socialista, os demais nomes colocados na corrida eleitoral de Ribeirão Pires optam pelos ataques em vez de propostas, cenário semelhante visto quando ele foi prefeiturável em 2004 na cidade vizinha.
Em convenção partidária realizada no Hotel Pilar, Kiko rebateu as alfinetadas que recebeu dos opositores nas últimas semanas. Ele foi alvo principal de críticas por parte do ex-vice-prefeito de Ribeirão Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS), e do atual chefe do Executivo da cidade, Saulo Benevides (PMDB).
“Eu e Gabriel (Roncon, PTB, vereador e candidato a vice) iniciamos nosso projeto há um ano e meio porque política não se faz da noite para o dia e isso tem incomodado nossos adversários. Durante toda minha vida pública nunca fui tão agredido como nos últimos meses”, disse, em seu discurso, para 1.800 pessoas.
Kiko também comparou sua gestão em Rio Grande da Serra com a de Saulo. “Em 2004, eu também fui muito atacado porque assim como hoje eu queria que não faltasse médico, não faltassem remédios. E hoje Rio Grande é outra história. Vou fazer o mesmo em Ribeirão Pires. Eu sei que nossa candidatura dá medo nos adversários porque com pouco recurso erguemos Rio Grande, enquanto esse prefeito dá as costas ao povo de Ribeirão Pires”, afirmou.
As alfinetadas de Dedé, que o chamou de “forasteiro” quando anunciou aliança com a ex-secretária de Educação e Inclusão Rosi de Marco (PSDB), são infundadas, segundo Kiko. “Eu soube que as principais críticas que eles teceram contra mim foram justamente por eu não ser da cidade, mas eram as mesmas críticas que o Volpi sofreu quando foi candidato e o Dedé era vice dele e a Rosi secretária. Então são críticas completamente infundadas”, citou o socialista, lembrando do passado mauaense do ex-prefeito de Ribeirão Clóvis Volpi (PSDB), que administrou a cidade entre 2005 e 2012. Curiosamente, Volpi retornou a Mauá para ser candidato a prefeito.
Em consonância com Kiko, Gabriel Roncon exaltou as características do aliado e também comentou a postura dos adversários. “É uma honra muito grande para mim estar ao lado do Kiko, que transformou uma cidade muito menor do que a nossa. Ribeirão Pires está triste, na UTI. Passamos esse momento de pré-campanha sendo duramente criticados por esse prefeito e mais uma vez dou minha cara a tapa para dizer que é o pior prefeito do Grande ABC”, disse, em tom exaltado. A coalizão apostará em 136 candidatos a vereador de 12 partidos.
Apitos, balões e tambores ilustraram todo o evento, que também contou com a presença dos presidentes dos partidos aliados e de autoridades de cidades vizinhas, como o afilhado político de Kiko e prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB).
O vice-governador do Estado de São Paulo e presidente estadual do PSB, Márcio França, também prestigiou a convenção e declarou apoio do governo paulista a uma possível administração de Kiko. “Não queremos só eleger prefeitos, mas vereadores também. Quando vocês ganharem, colocaremos o governo do Estado à disposição para resgatar a potência dessa estância turística”, afirmou França.
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