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‘Mister Olimpíada’ na expectativa de repetir a dose, agora em casa

Mesa-tenista Hugo Hoyama terá hoje a oportunidade de carregar o símbolo pela segunda vez na carreira – a primeira foi no Rio, em 2004

Por Angelo Verotti
Do Diário do Grande ABC
23/07/2016 | 07:00
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Falar em Jogos Olímpicos no Brasil ou qualquer assunto relacionado é fazer referência a Hugo Hoyama. O atleta completará no Rio de Janeiro, em agosto, a sétima participação na competição mundial, desta vez como treinador da Seleção Brasileira feminina de tênis de mesa. Antes disso, porém, terá compromisso inadiável hoje, em São Bernardo: carregar a Tocha Olímpica na cidade onde nasceu, há 47 anos.

Hoyama, atualmente defendendo as cores do Palmeiras/São Bernardo no esporte de raquete e bolinha, foi um dos indicados pela Prefeitura são-bernardense ao comitê organizados dos Jogos. E, pela segunda vez na carreira, terá a oportunidade de conduzir a chama, algo que já o fez às vésperas da Olimpíada de Atenas, em 2004, coincidentemente nas ruas do Rio de Janeiro, palco da edição 2016.

“É uma experiência importantíssima para os atletas. Nós, competidores, temos de fazer parte desta grande festa”, disse o dono de 15 medalhas pan-americanas – dez de ouro, uma de prata e quatro de bronze. “Não que os demais condutores, casos de artistas, empresários, entre outros, não mereçam. Mas é muito importante que atletas participem deste momento.”

E como bom brasileiro, o mesa-tenista fez questão de convidar familiares e amigos para acompanhar sua festa na Rua Jurubatuba, onde irá cumprir os 200 metros indicados pelos organizadores. “Mandei um WhatsApp para todos eles. Pais, mulher. Todo mundo. É uma motivação para mim a presença deles”, afirmou Hoyama. “Tios, primos, todos sempre me ajudaram muito na carreira.”

Passados 12 anos, o hexacampeão latino-americano ainda recorda a experiência – até então inédita – de conduzir o símbolo olímpico na Cidade Maravilhosa. “Foi muito legal. Carreguei lá no Botafogo (bairro). Emoção muito grande percorrer os 200 metros. Só quem participou sabe o quanto é emocionante fazer parte disso”, afirmou.

E, a exemplo de 2004, Hoyama não tem planejada nenhuma comemoração especial para quando colocar a mão na chama. “Você pode até pensar, mas ali na hora fica difícil sair. Negócio é curtir o momento. Dar a tocha para o próximo...”, destacou.

Com a experiência de quem já esteve nos Jogos Olímpicos em Barcelona-1992, Atlanta-1996, Sidney-2000, Atenas-2004, Pequim-2008 e Londres-2012, além de 18 Mundiais, o são-bernardense defendeu a realização da competição no Rio.

“Com certeza é importante (Olimpíada) para o esporte brasileiro. Enfrentamos uma dificuldade muito grande (crise econômica). Mas precisamos focar mais no esporte”. disse ele. “E temos de aproveitar o legado que os Jogos irão deixar para nós. Termos melhores condições de treinamento para que possamos estar entre as potências esportivas.”

Zé Alexandre acenderá pira na festa em São Bernardo

São Bernardo é uma das 83 cidades em que a Tocha Olímpica dormirá durante o percurso pelo Brasil. Antes do pernoite, porém, o município terá o acendimento da pira olímpica, no Ginásio Poliesportivo. E o ex-jogador e técnico de vôlei e atual secretário de Esporte e Lazer José Alexandre Pena Devesa terá a honra de ser o último condutor, responsável pela conclusão da festa.

Nascido em São Bernardo, Zé Alexandre soma quase 30 anos de experiência nas quadras e é um dos ícones esportivos da cidade.

Se os ídolos do passado serão lembrados, os do presentes também participarão do revezamento. Campeão do Parapan-Americano de Toronto, em 2015, e recordista das Américas, com 43,16 m na categoria T11 (deficientes visuais) do arremesso de peso, o mauaense Alessandro Gigante treina na cidade e participará do evento.




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