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Educação e o novo governo
Do Diário do Grande ABC
19/07/2016 | 10:51
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Artigo

Iniciado o governo interino, o segmento de Educação permanece com suas angústias. O MEC (Ministério da Educação) traz nomes de muita credibilidade, como as professoras Maria Helena Guimarães de Castro, secretária-executiva do MEC, e Maria Inês Fini, presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa), que possuem longa história na implantação de projetos educacionais, como o próprio Exame Nacional do Ensino Médio.

Há, porém, grande contradição quanto aos novos projetos. Embora em dívida com diversas instituições privadas que ofertaram cursos por meio do Pronatec, o MEC divulgou a liberação de R$ 78 milhões para novas vagas pelo programa. Entre os contemplados com os recursos, há 470 instituições privadas. Mas como convencê-las a aderir a mais uma rodada de bolsas se elas e seus pares ainda não foram pagos pelos serviços prestados ao governo?

Além de credibilidade, a nova equipe deve buscar as metas do Plano Nacional de Educação que, dois anos após sua sanção, ainda sofre com a falta de propostas que garantam seu cumprimento, embora possua importante papel como impulsionador do desenvolvimento econômico.

O Censo da Educação de 2015 mostra que o Ensino Médio no País cresceu rapidamente até 2004. Em 1992, somente 18,3% dos jovens de 15 a 17 anos estavam no Ensino Médio; em 12 anos, o percentual passou a 45,7%, e chegou a 56,5% em 2014, quando 65% dos jovens com 25 anos haviam concluído o Ensino Médio. Naquele ano, das 10,6 milhões de matrículas no Ensino Médio, 7,6 milhões eram de cursos regulares (propedêuticos), 1,3 milhão em cursos de EJA (Educação de Jovens e Adultos) e 1,7 milhão em cursos técnicos. Destes, 790 mil já haviam completado o Ensino Médio regular, e outros 511 mil faziam os dois cursos simultaneamente.

A Educação brasileira se expande, mas de forma perversa. Apesar de a grande maioria nunca chegar ao Ensino Superior, a qualificação profissional só pode ser feita como formação adicional por aqueles que concluíram o Ensino Médio tradicional.

A falta de alternativas exclui os que não têm condições. Se causa entusiasmo saber que mais de 9 milhões de brasileiros se inscrevem no Enem, dá arrepios verificar que apenas metade obtém nota superior a 450 pontos e que sequer 2 milhões de estudantes se matriculam no Ensino Superior.

Ainda que sem indicadores sobre os rumos pretendidos pela nova equipe do MEC, a ampliação do acesso à educação profissional tem de ser prioridade. Seria a forma de ampliar a empregabilidade dos jovens e abrir oportunidades de negócios.

Cesar Silva é presidente da Fundação FAT.

Palavra do leitor

Agilidade
Gostaria que o Supremo Tribunal Federal aplicasse a mesma celeridade utilizada na soltura do ex-ministro Paulo Bernardo nos julgamentos das correções das poupanças dos planos Bresser, Verão e Collor, que estão rolando naquela Casa desde 2010, e nos processos de desaposentação que esperam decisão final do STF desde 2003.
Vanderlei A. Retondo
Santo André

Livros
Rato de sebos, estive com Messias, proprietário de um dos maiores sebos da Capital, acredito que do Brasil. E conversando sobre os apaixonados por palavras, letras e livros, passou-me ele uma reflexão, que já há muito tem feito. Que leitores de livros, principalmente estudantes, não estão se dando ao prazer, aprendizado ou trabalho de pesquisar, ler e experimentar as emoções que a leitura integral de um livro proporciona. Isso em razão de que para se ler um livro de 200 páginas, por exemplo, basta entrar na internet e procurar um site que dê síntese do livro que se quer. Resumo esse que se pode ler e reler em dez minutos, se tanto. Isso sem tocar na ferida de seus escritores, sobre direitos autorais.
Cecél Garcia
Santo André

Ademir Spadafora
Presto sinceras homenagens póstumas ao meu amigo de infância dr. Ademir Spadafora. Falo do menino e do jovem educado, carinhoso e gentil. Lembrando-me do quanto se esforçou para que eu aprendesse a andar de patins, enquanto nossas avós, amigas de longa data, degustavam o café da tarde nos idos de 1954, no bairro da Pirelli, em Santo André. Incluo no seu vasto currículo e trajetória de vida a Amizade.
Sonia Garcia
Ribeirão Pires

Recesso
Nós, membros da Frente de Trabalho, seniores e agente jovens, estamos indignados com o sr. prefeito, dr. Paulo Pinheiro, que não quer nos dar este ano, nos lugares onde trabalhamos, recessos. Sr. prefeito, se quer continuar cuidando de nossa cidade maravilhosa, dê-nos de presente de aniversário, na semana de 25 a 29 de julho, o recesso que tanto pleiteamos.
Fernando Zucatelli
São Caetano

Ramalhão
Respondendo às cartas de dois torcedores do Santo André (ontem), já que nunca ninguém da diretoria ou do conselho se dignificam, queria dizer que camisa do time lá no Jaçatuba, esquece. Este ano tiveram a cara de pau de vender camisas no Bruno Daniel com propaganda de ex-patrocinadores. Não jogar a Copa Paulista? Com o título deste ano, eles ganharam fôlego para fazer mais esta. O sonho da diretoria e dos conselheiros é continuar a usar e abusar daquele clube construído em área pública com dinheiro dos títulos vendidos aos sócios sem pagar sequer mensalidade e não ter compromisso com futebol profissional. Futebol profissional exige capacidade e dedicação, dá trabalho, enquanto o clube é só lazer. Então eles mantêm o time em atividade por dois ou três meses por ano para dar passa-moleque na cidade que emprestou o Jaçatuba para eles construírem clube que daria sustentação ao time. Aconteceu inversão de valores. Antigamente o importante era o time, hoje o importante é a porcaria daquele clube.
Donizete Ap. de Souza e Kanji Miyasaka
Ribeirão Pires

Resposta
A propósito da manifestação do leitor Francisco Aparecido (Desenvolvimento, ontem), observo que o sr. demonstra desconhecimento sobre as ações que acompanho à frente da secretaria-executiva. A agência trabalha em projetos para o fortalecimento de empresas da região. Nossa linha de atuação inclui melhorias em empreendimentos nas sete cidades para o mercado interno e externo. Não se trata aqui, portanto, de critério político para escolher o modus operandi da entidade, mas sim do compromisso de diferentes instituições com a região. Em seu texto, o crítico expressa sua opinião sobre minha pessoa, inclusive questionando meu conhecimento. Possivelmente o crítico se esqueceu de que sustentei (no primeiro evento citado) a necessidade e a importância da diversificação de nosso parque industrial, citando como exemplos estudo e informações que indicam o potencial da região para a indústria da defesa. Falei sobre a criação de ambiente de inovação para nossas principais cadeias produtivas. No segundo dos discursos mencionados, representei o presidente da agência, que gentilmente pediu que transmitisse sua mensagem na abertura do evento. As portas da sala que ocupo estão sempre abertas para qualquer que seja a pessoa. Não é preciso ser empresário do setor produtivo para questionar, propor e agir. Todos podemos trabalhar pelo desenvolvimento regional.
Giovanni Rocco
Secretário-executivo da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC 




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