A cúpula da pré-campanha do deputado estadual Orlando Morando (PSDB) à Prefeitura de São Bernardo decidiu ampliar a lista de cotados à vice do tucano no pleito de outubro, incluindo nomes de fora da política e mulheres no leque de aspirantes à vaga.

Até então, apenas o vereador Marcelo Lima (SD) e o ex-prefeito Mauricio Soares (PHS) eram cotados para o posto. Embora o deputado mantenha ambos no rol de avaliados, o objetivo é ver se o eleitorado de São Bernardo tem simpatia a uma dobrada exclusivamente formada por quadros políticos.

O Diário apurou que, além de Mauricio e Marcelo, Morando avalia o também vereador Hiroyuki Minami (PSDB), os médicos Alceu Giraldi (PHS), Samira Credidio (PHS) e a empresária Mariane Sant’Ana (PSDB).

Desses nomes, apenas Minami – cinco vezes vereador, ex-presidente da Câmara e ex-secretário de Planejamento e Tecnologia da Informação de São Bernardo – e Alceu Giraldi – ex-candidato a vereador e a deputado – têm experiência nas urnas. O restante ingressaria em disputa política pela primeira vez. Dentro da campanha, alguns avaliam que ser debutante eleitoral pode auxiliar no contato com eleitorado que tem rejeitado a política. Outros apostam que a falta de traquejo pode atrapalhar disputa que promete ser bastante acirrada no primeiro turno.

Alceu Giraldi, 61 anos, é médico psiquiatra e atende na Santa Casa de São Bernardo. Também trabalha no local Samira Credidio. Ela é viúva de Ferdinando Cosmo Credidio (morto em 2014), que por uma década foi presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) municipal.

Outro nome que agrada à cúpula da campanha tucana é o de Mariane Sant’Ana, 32. Formada em Educação Física, ela milita na área de luta pelas pessoas com deficiência. A tucana sofreu acidente de carro aos 20 anos e ficou tetraplégica. Hoje a militante tem loja especializada em cadeirantes.

Morando despistou sobre sua preferência na lista expandida, confirmando apenas que há possibilidade de um candidato a vice dentro do PSDB. “A chapa pura não está descartada. Evidentemente que o que queremos é que o vice venha dos nosso aliados, mas não vamos descartar isso. O que vamos, de fato, é buscar consenso em torno de um nome”. Para o tucano, “não há desconforto em ter vice de fora da política”. “Vejo que a população tem recebido bem quem ingressa agora na política.”

O deputado revelou também diálogo com o PMDB, partido que recentemente deixou a base de sustentação do governo Luiz Marinho (PT). Segundo o tucano, caso haja acordo, os peemedebistas entrariam na briga pela vice.