Política Titulo Ribeirão Pires
Zé Nelson recorre para não instalar a CPI da Saúde

No mês passado, Justiça emitiu parecer para obrigar presidente da Casa a iniciar trabalhos

Por Vitória Rocha
Especial para o Diário
10/07/2016 | 07:00
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O presidente da Câmara de Ribeirão Pires, José Nelson de Barros (PMDB), entrou com recurso para adiar abertura da CPI da Saúde dez dias após a juíza Isabel Cardoso Cunha Lopes Enei, da 3ª Vara Cível de Ribeirão Pires, ter determinado início imediato dos trabalhos. O inquérito vem sendo postergado desde sua aprovação, em setembro, por unanimidade.

Para o peemedebista, a decisão se deve ao fato de ser recesso parlamentar. “Estamos de férias. Não tem ninguém na Câmara. (Entramos com recurso) Para prorrogar o prazo”, disse Zé Nelson. Secretário geral da Câmara, Márcio Nicolucci explicou que o documento enviado pelos advogados de Zé Nelson questionam alguns pontos da decisão da magistrada e pede esclarecimentos.

Em junho, a juíza acolheu pedido dos vereadores da oposição Gabriel Roncon (PTB), Berê do Posto (PMN), Rubão Fernandes (PSD) e Eduardo Nogueira (SD), que haviam entrado com processo contra Zé Nelson pelo não encaminhamento da investigação. Em sua decisão, a magistrada avalia que houve “omissão da mesa legislativa” no trato com o caso, uma vez que a abertura da CPI foi aprovada por todos os parlamentares e o processo tem todos os requisitos considerados para que se investigue as denúncias.

Primeira da história de Ribeirão, a CPI foi aprovada em setembro para investigar os contratos da Prefeitura com a FUABC (Fundação do ABC) e a Santa Casa, além de apurar o fechamento da Farmácia Popular e a falta de médicos e medicamentos. Zé Nelson tem alegado diversas questões para a não dar continuidade ao processo, como cogitar abrir comissão jurídica parcial ou mesmo dizer “não ser momento para abrir CPI” por ser ano eleitoral.

Diversos protestos foram realizados exigindo um posição do Legislativo da cidade. Integrantes da UJS (União da Juventude Socialista) chegaram a ocupar a Câmara por quatro dias em maio pedindo a instalação efetiva de uma comissão para início das investigações. Apesar de ter cobrado a abertura do inquérito quando era vereador, o prefeito Saulo Benevides (PMDB) fala que a CPI tem conotação meramente política e que não seria benéfica para a cidade. 




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