Setecidades Titulo Índio Tibiriçá
Rodovia é bloqueada após ação criminosa
Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
09/07/2016 | 00:14
Compartilhar notícia


 Pelo menos quatro veículos foram incendiados por criminosos na Rodovia Índio Tibiriçá (SP-31), bloqueando totalmente dois pontos da via – na altura dos km 54,2 e km 58 – entre Ouro Fino Paulista, Ribeirão Pires, e Suzano, na noite de ontem. Conforme a polícia, a ação foi realizada por grupo após tentativa de assalto a carro forte como forma de atrasar a ação dos policiais.

Os assaltantes colocaram dinamites espalhadas pelo acostamento da via, o que exigiu a presença do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) no local, além de apoio do Águia da Polícia Militar. Após realização de perícia e remoção dos veículos, por volta das 23h50, a via foi liberada.

O secretário de Transportes e Trânsito e coordenador da Defesa Civil de Ribeirão Pires, Miguel Luis Filho, destaca que a ocorrência chegou ao conhecimento da administração por volta das 19h, mediante telefonema de populares. “Encontramos dois veículos no km 54,2 em chamas – uma van escolar e um caminhão-baú. Conforme as testemunhas oculares, os carros eram conduzidos pelos criminosos, que abandonaram e incendiaram os automóveis para bloquear a via e atrasar a ação da polícia”, explica.

A comerciante Rafaela Lima, 32 anos, revela ter visto dois homens atearem fogo nos veículos enquanto trabalhava em pizzaria localizada na via. “Minha única reação foi entrar correndo. Você não tem dimensão da altura do fogo. Só consegui escutar que os veículos seguiram em direção ao Centro de Ribeirão Pires”, lembra assustada.

O caminhoneiro Nilton Fernandes, 35, ficou surpreso quando reconheceu o caminhão do pai, por meio de adesivo, usado para o trabalho em empresa de papel, em chamas na via. O veículo foi furtado no dia 7 de junho, longe 9 quilômetros do local e estava com placa adulterada. “Nunca imaginei que isso pudesse acontecer”, diz, ainda incrédulo, o morador de Suzano.

A interdição da rodovia também atrapalhou a vida de quem voltava para casa após dia de trabalho, caso da vendedora Gabriella de Jesus Alcântara, 24. Depois de 40 minutos de trafego parado, a moradora de Ribeirão Pires resolveu descer do ônibus e seguir a pé até sua residência, longe cerca de 9 quilômetros do local. “Acho que vou levar pelo menos uma hora e vinte para chegar”, lamenta.

No caso do borracheiro Joaquim Lemes, 46, a opção foi desligar o motor do carro, após duas horas de espera, e aguardar pela liberação da rodovia. Ele seguia de Mauá, onde trabalha em borracharia, para Suzano, sua cidade natal.

O caso será investigado pelo 1º DP (Centro) de Suzano. Até o fechamento desta edição, ninguém havia sido preso.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;