Marinho suspendeu edital de novo complexo de Saúde, já divulgado por outdoors na cidade
Apresentado em duas ocasiões pelo prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), e altamente propagado por outdoors na cidade, o projeto para a construção do Hospital de Urgência, que funcionará no PS (Pronto-Socorro) Central, está travado. Embora o governo petista assegure que o prazo de conclusão do complexo está mantido – agosto de 2018 –, o processo de licitação não foi publicado ainda.
“Devemos formular e publicar o edital na semana que vem. Nós mesmos suspendemos o processo de licitação para ajustes técnicos”, pontuou a secretária de Saúde, Odete Gialdi.
O complexo hospitalar, anunciado pela primeira vez por Marinho no dia 18 de maio, envolve US$ 139,1 milhões (R$ 477,25 milhões da cotação de ontem), sendo US$ 59 milhões (R$ 202,43 milhões) do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e US$ 80 milhões (R$ 274,48 milhões) de contrapartida municipal. Com 17,5 mil metros quadrados, o hospital terá sete pavimentos e 266 posições, sendo 226 leitos e 40 poltronas. No vínculo firmado, foi estabelecido prazo de 30 anos para o município quitar a dívida com o BID. No dia 29, o prefeito petista voltou a divulgar o lançamento do projeto em agenda oficial.
Inicialmente, a previsão da Prefeitura era abrir os envelopes com as propostas da construção do complexo no dia 1º de julho. De acordo com Odete, há garantia para que a obra do hospital obedeça ao prazo estabelecido pelos técnicos da gestão e que os serviços se iniciem até setembro. O Paço detalhou que revisão nos artigos do edital foi necessária para evitar questionamento do TCE (Tribunal de Contas do Estado). “Não tenho qualquer dúvida que a obra começa a ser tocada entre o mês que vem ou no próximo. A previsão é para que em agosto de 2018 esteja pronto à população. Antes que o processo fosse questionado pelo TCE julgamos a decisão de reanalisar”, acrescentou a titular da Saúde.
O projeto do Hospital de Urgência foi classificado por Marinho como novo elemento para modernização do setor no município, enaltecendo a maquete do projeto e alfinetando rivais políticos. A perspectiva da gestão é conseguir aumento de 46% na capacidade de atendimento do PS Central, alvo de críticas de usuários. A construção também é uma das apostas para alavancar o plano de governo do candidato à sucessão e ex-secretário de Serviços Urbanos e de Coordenação Governamental Tarcisio Secoli (PT).
REPETIÇÃO
Outro processo de licitação que foi suspenso pelo governo Marinho foi o da modernização do campo de futebol do Jardim Narazeth, o popular Palestrinha. O secretário de Esportes, José Alexandre Pena Devesa (PT), relatou que o projeto, estimado em R$ 3 milhões, somente será retomado em novembro. “Queríamos adiantar o edital, mas houve questionamento das regras por uma empresa e foi tirado. O prazo é de nove meses para conclusão”, disse.
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