Tucanato de Diadema vê Maridite perder força em indicação, mas segue em arco de aliados
A reviravolta na base aliada do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), que colocou o vereador Márcio da Farmácia (PV) como favorito a vice do chefe do Executivo para eleição de outubro em detrimento a indicação da ex-vereadora Maridite Cristóvão de Oliveira (PSDB), é admitida pelo próprio tucanato local, que prepara saída da disputa pelo posto de número dois da chapa governista.
Dirigente do PSDB no município, o vereador e ex-prefeito José Augusto da Silva Ramos segue despistando o tom, apontando que “a prioridade é a reeleição de Lauro” e que a formação da chapa é uma escolha “exclusiva” do verde. Zé Augusto, marido de Maridite, tem, inclusive, evitado debater indicação de vice no diretório.
Um exemplo aconteceu na reunião de quarta-feira à noite, em que a pauta focou na formação da chapa de pré-candidatos ao Legislativo. O tucanato, que estará em coligação proporcional com o PV e o PCdoB, deliberou por redução no número de nomes colocados. A prioridade é conseguir garantir três cadeiras na Câmara: a do próprio Zé Augusto, do atual presidente do Parlamento, José Dourado, e do ex-vereador Atevaldo Leitão. A postura do presidente tucano em não trazer a discussão de vice ao diretório tem irritado os filiados. Comenta-se que Zé Augusto não quer atritos com Lauro, que o manteve à frente da Saúde por mais de três anos, mesmo com muitas críticas.
“O prefeito precisa ter tranquilidade para escolher seu vice. Não podemos atropelar nada e nem forçar. Estamos construindo um diálogo”, pontuou Zé Augusto.
Para integrantes do partido, a nomeação de Márcio é iminente. O episódio precisa ser encarado de forma natural, sem brigas ou rupturas. A sigla, segundo os próprios correligionários, ficou engessada e com poucos nomes de peso para reverter cenário.
No fim do mês passado, após Lauro encaminhar a nomeação de Maridite para a dobrada, integrantes da alta cúpula do governo do verde passaram a agir para reverter decisão do prefeito, expondo superioridade de Márcio em comparativo frente ao eleitorado. O principal ponto é a votação do vereador na eleição de 2014, quando tentou vaga na Câmara Federal. Na ocasião, conquistou 40.979 votos – sendo 33.571 em Diadema, a maior votação dentro da cidade. Paralelamente a isso, os aliados reforçaram o distanciamento de Maridite do cotidiano do município. Depois de liderar o tucanato na corrida pela Prefeitura eleição de 2012, ficando em terceiro lugar, a ex-vereadora passou a se dedicar ao trabalho no Hospital de São Mateus, na Zona Leste da Capital,
Cotado, Márcio mantém disposição para assegurar o posto. “Eu jamais indiquei meu nome. Foi tudo natural. O que reforço é a minha tranquilidade em assumir o desafio se caso for passado. Posso contribuir. Por enquanto, estou fazendo pré-campanha a vereador.”
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