Nome do vereador é defendido por parte do governo que ainda resiste em ver Maridite, mulher de Zé Augusto, como número dois da chapa
Parte da base aliada do prefeito Lauro Michels (PV) não desistiu de ver o vereador Márcio da Farmácia (PV) como vice do chefe do Executivo na tentativa de reeleição, mesmo com o verde encaminhando a ex-vereadora Maridite Cristóvão de Oliveira (PSDB), mulher do ex-prefeito José Augusto da Silva Ramos (PSDB), para o posto.
Nos últimos dias, integrantes da alta cúpula do governo expuseram fatores favoráveis para que Márcio divida a chapa no lugar de Maridite. No fim de junho, o Diário mostrou que Lauro havia sacramentado que a tucana seria sua número dois no pleito, mas que a informação não tinha sido bem digerida por aliados de Márcio da Farmácia.
O principal argumento pró-Márcio é a votação do verde na eleição de 2014. O vereador concorreu a deputado federal e recebeu 40.979 votos – sendo 33.571 em Diadema. Maridite participou do pleito em 2012 como candidata a prefeita e obteve 21.388 votos. Porém, desde então, a tucana se dedicou aos trabalhos no Hospital de São Mateus, na Zona Leste da Capital, enquanto Márcio continuou com atuação em Diadema – no período, voltou à Secretaria de Obras, chefiou o gabinete do prefeito e retornou à Câmara como líder do governo na Casa.
Outro fator que pesa a favor de Márcio é o receio de representantes do governo em abrir muito o espaço no Paço ao PSDB. O tucanato já acertou coligação proporcional na chapa de candidatos a vereador. A tendência é a de que a parceria salve as duas cadeiras do PSDB no Legislativo, já que, embora desde o começo integrado à gestão Lauro, o tucanato pouco se mobilizou para reforçar o time de candidatos – são só três nomes fortes: Zé Augusto, o presidente da Câmara, José Dourado, e o ex-vereador Atevaldo Leitão.
O Diário apurou que Lauro, antes irredutível, passou a considerar a hipótese de dividir a chapa com Márcio da Farmácia. Como presidente do PV em Diadema e uma das principais lideranças da legenda no Estado, Lauro teria visto na dobrada com Márcio a possibilidade de contemplar dirigentes do PV que o criticam de pouco expandir o partido na cidade. O prefeito não retornou aos contatos do Diário para falar sobre o caso.
Foi o próprio Lauro que cogitou ter Márcio como vice no fim do ano passado, quando Maridite mostrava resistência em aceitar o convite – a tucana dizia que era tempo de se aposentar politicamente e cuidar da família. Pesquisas eleitorais feitas extraoficialmente pelo governo apontaram que Márcio seria o nome que mais agregaria à dobrada governista.
Outro quadro recém-especulado foi a ex-deputada Regina Gonçalves (PV), mas ela não se desincompatibilizou a tempo de participar do pleito: a verde segue secretária de Assistência Social e chefe de Gabinete.
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