Pelo menos 41 pessoas, das quais 30 rebeldes da LTTE (Tigres de Libertação da Pátria Tamil) e 11 membros das forças de segurança, foram mortos em novos confrontos nesta terça-feira no Sri Lanka, informaram o Ministério da Defesa e as autoridades de segurança.
As tropas cingalesas, apoiadas por caças, destruíram posições dos LTTE no distrito de Batticaloa, de acordo com um comunicado governamental.
Os Tigres tâmeis negaram estas informações, assegurando ter neutralizado a ofensiva de Colombo, com apenas sete feridos em suas fileiras. O Exército e os LTTE forneceram, como de costume, registros inverificáveis e contraditórios.
Os Tigres também desmentiram nesta terça-feira a utilização de "salas de tortura" em seus campos para punir os desertores, como havia afirmado o Ministério da Defesa. Os comandantes das forças especiais cingalesas teriam descoberto estas "salas de tortura" em um campo rebelde no norte.
De acordo com os insurgentes, trata-se apenas de uma "prisão" abandonada com as celas dentro das normas "internacionais".
Mas, Colombo e os Tigres recorrem com freqüência às execuções extrajudiciais, denunciou na semana passada a organização americana Human Rights Watch. O nordeste da ilha é o coração da insurreição separatista tâmil e o cenário há mais de um ano de combates quase diários.
O país do Sul da Ásia tem cerca de 20 milhões de habitantes, dos quais 75% de cingaleses estão à beira de uma guerra em grande escala depois de um apelo por um Estado independente tâmil lançado no final de novembro pelo chefe dos LTTE.
Desde 1972, a rebelião deixou mais de 60 mil mortos, dentre os quais mais de 3,8 mil desde o início de 2006. Os dois lados estão a princípio engajados em uma trégua estabelecida em fevereiro de 2002, mas todas as tentativas diplomáticas para regular o conflito fracassaram.
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