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Vereadores se rebelam contra Kassab
06/04/2010 | 07:50
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Um racha inédito na base do prefeito Gilberto Kassab (DEM) está impedindo a implementação de projetos do interesse de São Paulo. Oprincipais são o Plano Diretor - que estabelece novas diretrizes para o crescimento de São Paulo - e a licitação do mobiliário urbano - que autoriza a colocação de 800 relógios termômetros nas ruas e a reforma de 1.800 abrigos de ônibus, concessão que poderia render R$ 2 bilhões neste ano.

Sempre aliada, a mesma Câmara Municipal que aprovou no ano passado 43 projetos do Executivo - como os polêmicos aumento do IPTU e a restrição aos ônibus fretados - agora barra até textos que normalmente não sofreriam obstrução. São os casos das parcerias de organizações sociais na área da Cultura, a transformação do Theatro Municipal em fundação e quatro projetos do governo para a realização de melhorias urbanas na periferia. Em 90 dias, Kassab conseguiu aprovar quatro propostas no Legislativo. No mesmo período de 2009, os vereadores já haviam chancelado 14 iniciativas do governo.

RETALIAÇÃO - A letargia no trâmite legislativo dos projetos do prefeito também é uma retaliação aos 20 vetos do Executivo a textos aprovados de autoria dos parlamentares. Com 23 dos 55 vereadores candidatos nas eleições de outubro, a Câmara viu o prefeito derrubar propostas que poderiam ser usadas como ‘bandeiras' nas campanhas, como é o caso do abrandamento da lei do Psiu (Programa de Silêncio Urbano) - reivindicação antiga das igrejas evangélicas e dos donos de bares.

Durante o feriado, Kassab também publicou o veto à redução do fim dos horários das partidas de futebol para 23h15, projeto que teve apoio de 42 dos 55 parlamentares, incluindo o presidente da Câmara, Antonio Carlos Rodrigues (PR), líder do bloco político chamado "centrão", do qual participam 16 vereadores. Até sexta-feira, a expectativa é de que os vereadores derrubem o veto, ampliando o mal-estar entre Executivo e Legislativo.




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