O programa – uma página semanal às sextas-feiras com reportagens sobre o universo da Educação na rede municipal de Santo André – levará um exemplar do jornal a todas as salas de aula da Prefeitura. Um total de 1,5 mil exemplares vão chegar aos alunos do município todos os dias. Cerca de 38 mil estudantes serão alcançados pela iniciativa, tanto nas classes regulares de educação infantil e ensino fundamental quanto nas salas de aula para jovens e adultos.
As reportagens do Diário na Escola terão tanto o objetivo de formação dos professores, com conteúdo proposto pela secretaria, quanto o de fornecer informações regionais para uso em sala de aula. Um livreto de oito páginas, de conteúdo pedagógico, também será distribuído mensalmente entre os professores da rede municipal. O projeto prevê oficinas de reciclagem de papel jornal, seminários com educadores e eventos nas escolas, as Manhãs Coloridas, quando as crianças vão pintar em papel jornal.
Segundo Guilherme Canela, que estuda as relações entre a mídia e sociedade, a presença do jornal na sala de aula é marcante nos países desenvolvidos. O primeiro projeto abrangente nesse sentido começou em 1932, nos Estados Unidos, por iniciativa do jornal The New York Times. Nos países escandinavos, 100% das escolas recebem jornais. No Brasil, projetos que envolvem distribuir jornais em sala de aula alcançam 3,5 milhões de estudantes em 8,5 mil escolas.
Coordenadora pedagógica do Diário na Escola, a bióloga Luciana Hubner, 38 anos, chamou a atenção para a possibilidade de colocar em contato direto com textos de qualidade e em situação real de leitura os estudantes da rede municipal ao longo de todo o processo de alfabetização. A rede municipal de Santo André deixou de usar cartilhas em 1999. Os professores são responsáveis por oferecer todo o material de leitura com o qual as crianças irão se formar leitoras. O e-mail de contato com Luciana é lhubner@diarionaescola.com.br.
A secretária de Educação, Cleuza Repulho, 40 anos, falou logo após o prefeito João Avamileno, que abriu o seminário. Cleuza ressaltou a importância do material de apoio pedagógico, sem considerá-lo, porém, uma amarra à autonomia do educador.
O diretor de Redação do Diário, Irineu Masiero, expôs os vínculos do projeto com a “construção da cidadania”. Para Masiero, “o resultado dessa idéia (o Diário na Escola) será visto na formação de cidadãos mais críticos, mais engajados com sua cidade e com o seu tempo”.
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