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União mantém convênio com Paço, mas hospital segue parado

Depósito dá continuidade a termo com governo
Grana para construção de unidade na Vl. Luzita

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
27/06/2016 | 07:37
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Denis Maciel/DGABC


A União efetivou depósito simbólico para manutenção do convênio com a Prefeitura de Santo André, comandada pelo prefeito Carlos Grana (PT), na construção do Hospital da Vila Luzita, que segue com obras paralisadas. A Caixa Econômica Federal repassou o valor de R$ 50 mil em 16 de março ao Paço, dando continuidade ao termo de acordo entre as partes, só que, desde então, mesmo depois de 100 dias, não houve avanço para retomada das intervenções, interrompidas há cerca de dois anos. Diante da situação, a unidade, com a edificação iniciada em 2011, ainda na gestão Aidan Ravin (PSB), permanece sem prazo estimado para inauguração.

O equipamento, atualmente, encontra-se semierguido, com as paredes pichadas devido ao ‘esquecimento’ do local, servindo, conforme recente reportagem do Diário, de estacionamento para funcionários do PA (Pronto Atendimento), em reforma. Após o futuro reinício dos trabalhos, a previsão é a de que a obra seja concluída em até 180 dias. Esse período indica que a entrega da unidade não será firmada dentro deste mandato do petista. Com a renovação da parceria com o Ministério da Saúde, o convênio torna-se vigente até 31 de dezembro, exatamente o último dia da atual gestão.

A finalização do equipamento depende ainda do lançamento de nova licitação, o que estende os prazos. Isso porque houve problemas no contrato com a FIG Incorporadora e Construtora, empreiteira que começou a obra. O termo acertado envolve montante de R$ 7,5 milhões, dos quais R$ 6,9 milhões são do governo federal e R$ 600 mil de contrapartida municipal. A crise econômica no País influenciou diretamente na postergação. A gestão petista pontuou que o “valor repassado não possibilita a abertura de processo licitatório”. “A Prefeitura aguarda aporte no repasse para início do certame.”

O Paço reiterou que espera “posicionamento do Ministério da Saúde e da Caixa” para obter o cronograma de liberação dos repasses prometidos durante o governo da hoje presidente afastada Dilma Rousseff (PT). Aportes posteriores tendem a ser depositados a partir das medições apresentadas e aprovadas pelo banco público. Acrescentou que a perspectiva é que a execução e a finalização da unidade aconteçam “no prazo de 10 meses”, ou seja, entrando já em 2017. “A previsão para retomada da obra poderá ser indicada após a conclusão do processo licitatório.”

A estrutura já consumiu aproximadamente R$ 3,5 milhões. A solicitação da Prefeitura para captação adicional de verba foi acatada no fim de 2014. Houve também readequação do projeto a novo tipo de atendimento, que será destinado para casos de pacientes crônicos, com internação de longa permanência. Para a finalização, restam a construção de um pavimento, instalação de divisórias internas, bem como parte elétrica, hidráulica, ar-condicionado, elevador, entre outros.  




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