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Reunião termina sem acordo e paralisação na Pirelli continua

Trabalhadores reivindicam aumento real de 3% mais PLR de R$ 13 mil

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
22/06/2016 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


Terminou sem acordo a reunião realizada ontem entre o Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo e representantes da Pirelli, que foi realizada na Delegacia Regional do Trabalho. Dessa maneira, a greve dos cerca de 1.700 funcionários da empresa em Santo André continua por tempo indeterminado. A paralisação teve início na segunda-feira.

Os trabalhadores reivindicam a reposição integral dos salários pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que, no período de 12 meses encerrado em maio, acumulou 9,82%, mais aumento real de 3%. A categoria também exige PLR (Participação nos Lucros e Resultados) no valor de R$ 13 mil.

Segundo o presidente do sindicato, Marcio Ferreira, a empresa rejeitou o pedido e propôs reajuste total de 7,5%, que seria aplicado aos vencimentos somente em janeiro. Em relação à PLR, a companhia ofereceu R$ 7.000.

“A empresa manteve sua postura e nós mantivemos a nossa. O subdelegado do Trabalho tentou chegar a uma nova proposta, mas eles disseram que não poderiam ceder”, relata o sindicalista. Está programada para amanhã à tarde assembleia em frente à portaria principal da fábrica.

Na segunda-feira, a Pirelli afirmou que “propôs ao sindicato um aumento salarial tendo em vista o bem do trabalhador, apesar de representar um desafio para a empresa por conta do difícil cenário econômico nacional” e que as condições apresentadas já foram aprovadas pelos funcionários das unidades de Campinas (Interior de São Paulo) e Gravataí (Rio Grande do Sul). A companhia foi procurada ontem pelo Diário para comentar sobre a reunião, mas não respondeu.

Desde o início do mês, a Pirelli passou a integrar oficialmente o grupo ChemChina. A transação foi anunciada no ano passado e gerou apreensão entre os empregados, que temem cortes no nível de mão de obra e fechamento de fábricas, o que a empresa nega.


ARTEFATOS DE BORRACHA

O sindicato informa que também reivindica a reposição da inflação mais 3% de aumento real para os funcionários das indústrias de artefato de borracha, que, na região, somam aproximadamente 15 mil pessoas. A entidade patronal ofereceu contraproposta de reajuste parcelado de 8%, sendo 5% pagos de imediato e os outros 3% corrigidos apenas em janeiro, além de abono de R$ 400. Ferreira garante que as negociações serão feitas separadamente com cada empresa e que ocorrerão paralisações pontuais nessas fábricas. 




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