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Ciclovia mal planejada coloca em risco usuários

Trajeto entre a Vila Luzita e o Centro de Santo André apresenta falhas estruturais e até buracos

Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
22/06/2016 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Inaugurada parcialmente em novembro do ano passado, a ciclovia que liga a região da Vila Luzita ao Centro de Santo André tem sido alvo de reclamações por parte de moradores da cidade. Mal planejado, o trajeto, que apresenta em toda sua extensão diversos problemas estruturais, coloca em risco a vida de ciclistas ao obrigá-los passarem por trechos com buracos e sem sinalização.

Orçada em R$ 1,3 milhão, em média R$ 190 mil por quilômetro, a ciclovia recebe neste mês a pintura do último trecho, localizado na região central. Entretanto, tal sinalização tem confundido usuários e motoristas por conta da falta de organização do itinerário.

Um exemplo é a inversão de lado da ciclovia no trecho da Avenida Santos Dumont, altura do número 1.000 (na frente do Atacadista Roldão). No local, os ciclistas que vêm da Vila Luzita pela calçada localizada debaixo do viaduto da Praça Quatorze Bis são obrigados a trocar de lado na via sem nenhuma sinalização. Para agravar a situação, a faixa localizada no outro lado se inicia na saída de veículos do atacadista (confira foto acima).

“Essa ciclovia não está correta. Quando saímos do estacionamento, caímos dentro da ciclovia, sem contar que a via é muita estreita. É um perigo, não só para nós, motoristas, mas principalmente para os ciclistas que estão nesse trecho, atravessando a via sem nenhuma faixa”, relata o comerciante Nelson Izidoro da Silva, 61 anos.

Não bastasse a ausência de sinalização, ciclistas também são obrigados a enfrentar a falta de padronização na ciclovia. Isso porque a largura do trajeto varia de 1,60 metro até 3,50 metros em alguns pontos. “O trecho da ciclovia aqui na Santos Dumont é do tamanho de uma faixa de ônibus. Na Avenida Mario Toledo de Camargo é bem menor”, relata o encarregado de manutenção e ciclista Ademir Moreira, 59.

Outros usuários também criticam a presença de buracos no trajeto, um deles na Avenida Queiróz dos Santos, na frente da fábrica da Bridgestone. No local, o Diário constatou cratera de 1,40 metro de largura. O local, inclusive, foi pintado pela própria Prefeitura. “Eles optaram em pintar ao invés de pavimentar a via”, relata o garçom Alexandre de Moura Júnior, 27.

De acordo com a Prefeitura, as intervenções no último trecho ainda estão sendo executadas e devem ser finalizadas na segunda quinzena de julho.

A administração municipal ressaltou que, em virtude do estreitamento de determinado trecho da Avenida Queiróz dos Santos, a Prefeitura optou por colocar a ciclovia pela calçada. Já a largura do trajeto muda em trechos de mão dupla. A ausência de sinalização na Praça Quatorze Bis não foi comentada. A Prefeitura não soube informar quantas pessoas usam a ciclovia e quantos motoristas já foram autuados por estacionar de forma irregular no local.




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