Economia Titulo Desemprego
Construção demite 3.507 em 12 meses

Estoque de funcionários no setor no Grande ABC teve redução de 7,58% no período

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
21/06/2016 | 07:00
Compartilhar notícia
Divulgação


As empresas do ramo da construção civil eliminaram 3.507 postos de trabalho formais (com carteira assinada) no período de 12 meses encerrado em abril. O estoque de empregados no setor passou de 46.262 para 42.755, o que representa retração de 7,58%. Os dados foram divulgados ontem pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo).

A maior parte dos cortes no período ocorreu em São Bernardo (1.993) e Santo André (1.037). Em Diadema, 379 foram demitidos, enquanto Mauá dispensou 142 e Rio Grande da Serra, 86. As únicas cidades que registraram saldos positivos foram São Caetano (110) e Ribeirão Pires (20).

Na comparação com março, o ritmo de dispensas na região diminuiu: foram 41 desligamentos, provocando redução de 0,1% no estoque.

A diretora adjunta do SindusCon-SP no Grande ABC, Rosana Carnevalli, explica que a conjuntura atual da economia brasileira é responsável pela queda nos empregos na construção. “A região é afetada pelas demissões em outros setores, o que diminui o poder de compra da população. Além disso, há um forte sentimento de insegurança: as pessoas estão com medo de contraírem dívidas de médio a longo prazos. Tudo isso provoca queda de demanda por imóveis e, consequentemente, faz com que as empresas tenham de diminuir seus quadros de funcionários.”

Outro fator que contribui para a queda nas vendas de casas e apartamentos é a restrição ao crédito. Diante do agravamento da crise econômica, os bancos consideram que o risco de inadimplência é maior. Por esse motivo, passam a ser mais seletivos na aprovação de financiamentos.

Rosana destaca ainda a necessidade de incentivo por parte das prefeituras. “Os municípios deveriam flexibilizar as leis de zoneamento, propiciando coeficiente de aproveitamento maior para desenvolvermos projetos que atendam à população”, acrescenta.

A diretora adjunta do SindusCon-SP na região salienta que, além dos empreendimentos habitacionais, muitas obras públicas na área de infraestrutura estão paralisadas em razão de cortes nos orçamentos, o que também faz com que as empreiteiras tenham de fazer adequações nos níveis de mão de obra. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;