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Quando fábrica e bairro se completam
Ademir Medici
03/06/2016 | 07:00
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Quando fábrica e bairro se completam

 

A fábrica tinha uma relação ativa com a sociedade e, certamente, deixou fortes heranças socioculturais e econômicas que fazem efeito na vida que levamos até hoje.”

Cf. grupo de universitários da USCS que estudou a Cerâmica fábrica e o Cerâmica bairro.

 

“A marca São Caetano era citada nas correspondências como tipo de ladrilho (pequena espessura). Para se entrar numa concorrência pública era preciso que se fabricasse um ladrilho tipo São Caetano, tal o prestígio que esses produtos adquiriram no mercado. A nossa telha foi famosíssima. Em 1924, a Cerâmica concorreu em Buenos Aires com cerâmicas francesas e argentinas para o fornecimento de telhas destinadas à construção de quartéis. E ganhou a concorrência.”

Cf. Francisco Lotufo Filho, diretor da Cerâmica São Caetano, admitido em 1941 e que entrevistamos, para o Diário, em 1983. Seu relato está também no livro 'Migração e Urbanização, a Presença de São Caetano na Região do ABC'. Ficamos felizes ao observar que os colegas da USCS citaram este depoimento tão importante.

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Quantas e quantas reportagens e artigos acadêmicos já focalizaram a Cerâmica São Caetano – esta indústria já extinta que dá nome a um dos bairros da cidade! Mesmo assim, provam esses jovens universitários da USCS, sempre haverá um enfoque novo a ser dado àquela que projetou o nome de São Caetano pelo Brasil afora, extrapolando fronteiras, pela força de seus produtos, como o ladrilho.

Esta é uma das lições aprendidas pelos estudantes: buscar novas informações qualquer que seja o assunto. E os nove minutos e 29 segundos de O Bairro do Barro segura o expectador do começo ao fim, ficando aquele gosto de ‘quero mais’.

Em desfile, nome como o do industrial Roberto Simonsen, fundador do Ciesp-Fiesp, senador da República e integrante da Academia Brasileira de Letras.

As irmãs vizinhas à fábrica, Neusa e Rute Person, emocionam-se ao mostrar um presente artístico muito especial recebido da fábrica, Jesus talhado no azulejo.

A historiadora Cristina Toledo de Carvalho entra com as explicações acadêmicas e interpretativas da Cerâmica São Caetano no contexto da cidade e nacional. Enquanto Armando Furlan testemunha o cotidiano da indústria: antigo funcionário, ele fazia o carregamento de matéria-prima e entrega de materiais prontos. Mil histórias a contar.

A turma da foto, mais o colega Paulo Hungaro, sintetizam, a seguir, o roteiro de O Bairro do Barro.

 

Herança deixada.

Os tantos porquês

 

O documentário apresenta o contexto histórico e a importância sociocultural e econômica da fábrica Cerâmica São Caetano S/A na cidade de São Caetano, com peças do cotidiano e motivos do fechamento da fábrica, mostrando sua herança para a cidade.

A introdução do vídeo mostra a rotina em uma olaria, na confecção de produtos derivados do barro, bem próxima ao processo que tínhamos em São Caetano na fábrica Cerâmica. Por meio de fotos e entrevistas, a pergunta: quais os motivos econômicos, sociais e culturais que levaram ao fechamento e desmontagem da fábrica; mostramos o lado de ex-trabalhadores e de profissionais sobre o assunto.

Durante o vídeo foi mostrada também a influência da fábrica para a cidade, desde sua abertura até o fechamento e como ela ajudou ativamente no crescimento de São Caetano.


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Noite italiana

Associação São Luiz, de São Bernardo, realiza hoje a 16ª Noite Italiana, jantar beneficente com comidas típicas e música ao vivo. Show com Fred Rovella. Arrecadação será investida em menores assistidos na São Luiz. La Notte de La Polpetta começa às 20h, na Associação dos Funcionários Públicos, à Rua 28 de Outubro, 61, Centro de São Bernardo.

Seminário

Hoje, em Santo André, o segundo dia do seminário internacional com ex-guerrilheiras da América Latina.

18h30 – palestras com representantes da Argentina, Brasil, El Salvador e Panamá. Local: Fafil (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras), Fundação Santo André.

Avenida Príncipe de Gales, 821, em Santo André.

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Diário há 30 anos
Terça-feira, 3 de junho de 1986 – ano 29, edição nº 6149

Manchete – Sayad (João, ministro do Planejamento) descarta urgência para a criação da ‘holding’ das estatais

Objetivo da holding: sanear as finanças das estatais e promover sua capitalização.

Mauá – Servidores da Garagem Municipal entram em greve para reivindicar piso salarial maior.

Copa 86 – Brasil estreia com vitória sobre a Espanha: 1 a 0, gol de Sócrates, de cabeça.

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Em 3 de junho de...

1966 – Sociedade Cultural Ítalo-Brasileira inaugura, na Escola Senai, em Santo André, a exposição Aspectos de Roma, com fotos antigas e atuais da capital italiana.

- Termina a 1ª Olimpíada Militar do ABC.

- Hygino Baptista de Lima, ex-prefeito, falece em São Bernardo.

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Hoje
- Dia Mundial de Oração pela Santificação Sacerdotal

- Dia do Profissional de RH

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Santos do Dia
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O catolicismo na África. Em Uganda, a presença de Carlos Lwanga e 21 companheiros. Suas idades não passavam dos 20 anos.

Alguns tinham 13 anos.

Por não abrirem mãos de suas convicções religiosas, foram perseguidos e martirizados em 1885. O líder, Carlos Lwanga, foi declarado o Padroeiro da Juventude Africana.

Colaboração: padre Evaldo César de Souza, CSsR

- Sagrado Coração de Jesus

- Clotilde

- Oliva

- Juan Diego Cuauhtlaoatzin

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Municípios Brasileiros
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Celebram aniversários neste 3 de junho: Água Preta (Pernambuco), Brejo dos Santos (Paraíba), Campo Novo (Rio Grande do Sul), Capitão Enéas (Minas Gerais), Chapada (Rio Grande do Sul), Colorado (Rio Grande do Sul), Piranhas (Alagoas), Porto Murtinho (Mato Grosso do Sul), São Luiz Gonzaga (Rio Grande do Sul) e Sonora (Mato Grosso do Sul)

Fonte: IBGE

 

Piranhas, em Alagoas, foi elevado à categoria de vila em 3 de junho de1887, separando-se de Pão de Açúcar. Localidade data do século 17 e era conhecida por Tapera. Conta-se que em um riacho, hoje chamado das Piranhas, um caboclo pescou grande piranha. Preparou e salgou o peixe, levando-o para sua residência. Lá chegando, verificou que se esquecera do cutelo. E, voltando-se para o filho, disse: – Vá ao porto da piranha e traga o meu cutelo. Esta versão foi passando de geração em geração e, segundo parece, ficou o lugar denominado ‘Piranhas’.

Fonte: Prefeitura de Piranhas




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