Política Titulo MAUÁ
Ricardinho cede à pressão do governo e retira promessa
Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
18/05/2016 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


O vereador de Mauá Ricardinho da Enfermagem (PTB) cedeu à pressão do governo do prefeito Donisete Braga (PT) e recuou da promessa que fez a profissionais da enfermagem de tentar emplacar a redução da jornada de trabalho da categoria.

Na sessão de ontem, o parlamentar chegou a formular emenda que beneficiaria os servidores, mas, depois de tensa reunião com a base governista, voltou atrás e desistiu de apresentar a proposta.

A intenção era de propor alteração ao projeto enviado pelo Executivo que prevê a possibilidade de reduzir a jornada de trabalho para arquitetos e engenheiros para até 30 horas semanais. A emenda incluiria funcionários da enfermagem na medida (a proposta foi aprovada ontem em definitivo). Mas Ricardinho ficou isolado na discussão. Presidente do PTB, o vereador Eugênio Rufino orientou, a pedido do Paço, que o correligionário abdicasse da emenda e que, se resistisse, não teria apoio da bancada – também é formada pelo vereador Alberto Betão Pereira Justino, provável indicado a vice na chapa de Donisete.

A promessa de incluir a emenda ao texto do Executivo teria sido dada a colegas de profissão – o parlamentar é técnico de enfermagem –, que acompanhavam a sessão e o acusavam de ter cedido à pressão do governo. A redução da jornada de trabalho dos profissionais da Saúde é demanda antiga, mas, na ótica da administração, a mudança poderia prejudicar o já precário atendimento no sistema municipal.

O clima esquentou na reunião entre os governistas e ficou ainda mais tenso na hora da votação, quando Ricardinho sequer apareceu para analisar o projeto no plenário. “Eu queria saber cadê a emenda que o Ricardinho pediu para eu assinar e que não foi apresentada. Não posso passar por esse desgaste de apoiar uma coisa e depois ele desistir”, criticou o parlamentar Professor Betinho (PSDC).

A equipe do Diário procurou Ricardinho no gabinete, mas assessores do parlamentar alegaram que o petebista passou mal e que havia sido levado ao hospital. Ele também não atendeu aos contatos por telefone. 




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