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Diadema aprova Plano de Obras e Orçamento em sessão tumultuada
Evelize Pacheco
Do Diário do Grande ABC
10/12/2003 | 18:55
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A votação do Orçamento e do Plano de Obras para 2004 na Câmara de Diadema, terça, foi marcada por um clima de final de campeonato de futebol. A sessão extraordinária foi acompanhada por mais de 200 pessoas, na maioria, moradores de núcleos habitacionais da cidade, com direito a faixas, bandeira do PT e muita gritaria. Além da população, alguns representantes da Prefeitura estiveram no plenário: o secretário de Finanças, Sérgio Trani (que acompanhou a sessão até o final ao lado dos vereadores), o vice-prefeito Joel Fonseca, o diretor de Habitação, Josemundo Dario Queiróz, o Josa, e o secretário da Educação, Cultura, Esporte e Lazer, Carlos Kopcak.

A população queria garantir o que foi aprovado nas plenárias do OP (Orçamento Participativo) e a administração queria manter a integridade da peça de R$ 347,3 milhões que fechará o mandato do prefeito José de Filippi Júnior (PT), caso não seja reeleito.

O resultado foi prevísivel, considerando que o prefeito conta com o apoio da maioria dos parlamantares: o Orçamento e o Plano de Obras foram aprovados por unanimidade, e duas emendas, das dez apresentadas ao Orçamento, foram acatadas. Uma de autoria da Comissão de Finanças, presidida pelo vereador José de Queiroz Neto, o Zé do Norte (PT) e a outra do vereador Orlando Anníbal (PL), que foi alterada num acordo das bancadas. O liberal queria reduzir a margem de remanejamento das dotações orçamentárias que o prefeito tem de 50% para 30%. Esse índice foi aumentado para 40% e aprovado. Dois vereadores estavam ausentes: o líder do governo, José de Queiróz Neto, Zé do Norte (que está internado ainda) e o vereador João Gualberto (PL). “Como o Orçamento está bem planejado, nós não vamos usar toda essa margem”, explicou Trani.

Os vereadores da oposição foram vaiados pela população ao defenderem suas emendas e criticaram a saúde, que deverá receber R$ 78 milhões no próximo ano e está sendo administrada diretamente pelo prefeito. Os oposicionistas Alexandre Rodrigues, o professor Alexandre (PSDB), Manoel José da Silva, o Adelson (PSB) e Antonio Rodrigues (PPS) receberam as vaias mais calorosas durante suas falas. “Daqui a seis meses Diadema será modelo para a área da saúde no país”, discursou a vereadora Cida Ferreira (PMDB).

Tribuna – Contagiados com a presença de uma platéia tão participativa, a Mesa Diretora abriu espaço para dois conselheiros do Orçamento Participativo usarem a tribuna. Durante 13 minutos, ambos defenderam o Quarteirão da Saúde. “A saúde está melhorando sim e esse Quarteirão da Saúde é uma evolução”, disse um deles. O presidente da Casa, Marquinho Ernandez (PT) ressaltou que essa oportunidade era uma exceção dos vereadores, já que a sessão extra não tem tribuna livre.

Após acompanhar quase quatro horas de discussões, a população deixou o plenário antes da votação do Plano de Obras que foi mais ágil e terminou antes das 20h. As mais de trinta emendas ao plano de obras apresentadas pelos parlamentares da oposição foram rejeitadas.




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