A badalação do Carnaval faz com que o índice de furtos, roubos e perdas de documentos aumente em 15%, de acordo com a Boa Vista Serviços, administradora do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). A falta de cuidado é a maior causa das ocorrências. "É uma quebra de rotina, as pessoas saem de casa e levam documentos que não são necessários. Colocam a papelada em um local e depois se esquecem dela", comenta o diretor de inovação da empresa, Fernando Cosenza. Ele lembra que a prevenção é essencial, até porque o risco de fraudes é grande. "Com os documentos originais em mãos, dá para abrir conta bancária em seu nome, pedir empréstimo no banco e até criar uma empresa fantasma."

Portanto, o recomendado é não carregar o CPF para as festas. Caso não tenha a carteira de motorista, onde constam os números mais importantes, o folião deve fazer cópia do RG ou carregar consigo uma carteirinha da sua atividade profissional, por exemplo.

Cartão de crédito, talão de cheques e dinheiro devem ser carregados em bolsa com zíper e que fique escondida.

Além disso, no caso de perda ou roubo dos meios de pagamento, o consumidor deve entrar imediatamente em contato com a central de atendimento da instituição para bloquea-los. De acordo com a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), a partir daí é de responsabilidade do banco não autorizar nenhuma transação com o cartão. Caso isso ocorra, deverá arcar com os valores. Mas o consumidor também não deve vacilar, por isso é impreterível fazer boletim de ocorrência. "O BO tem valor oficial e o cliente bancário poderá discutir com o banco, por exemplo, transações não autorizadas, mas que forem feitas em seu nome", explica Cosenza.

Tanto a Boa Vista Serviços quanta a Serasa oferecem serviço aos consumidores que tiverem seus documentos perdidos ou roubados. As vítimas podem enviar comunicado sobre o ocorrido. O objetivo é evitar fraudes, já que ao acessar o cadastro da pessoa física, os comerciantes e bancos clientes dessas empresas de análise de crédito conseguem identificar se há ou não alertas no CPF na hora de autorizar compra ou empréstimo.

CARTÕES - O que vai determinar o pagamento ou não do cartão de débito, emitido pela segunda vez, será o pacote de tarifas que o consumidor aderiu na hora de abrir a conta-corrente e que pode custar até R$ 55. Mas de acordo com o Banco Central, as instituições devem oferecer pacote de serviços essenciais que não podem ser cobrados, entre os itens está o fornecimento de segunda via do cartão de débito, porém o consumidor não tem acesso a novo plástico em caso de perda, roubo, furto ou danificação. O custo avulso, portanto, é em média de R$ 8.

Se for a emissão da segunda via do cartão de crédito, os bancos podem cobrar pelo serviço.