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Como reagir ao volante?

Imprudência e falta de conhecimento contribuem para aumento de acidentes; veja soluções

Vinícius Claro
Especial para o Diário
29/04/2016 | 20:33
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Você tem total controle sobre seu carro? Já teve dúvidas sobre o que fazer em situação adversa ou acabou envolvido em acidente por não saber como reagir ao volante? Se alguma das respostas for ‘sim’, talvez você precise de orientação profissional. Pois é, saiba que existem cursos que visam sanar esse tipo de problema e, a fim de oferecer dicas aos motoristas, o Diário conversou com dois pilotos proprietários de centros de pilotagem que, inclusive, carregam seus nomes: Roberto Manzini e Suzane Carvalho.

De acordo com estatísticas, a colisão traseira é o principal tipo de acidente – só no Grande ABC corresponde a 30% dos casos, informa o Corpo de Bombeiros. Batidas em objeto fixo ou choque em sentido contrário (por causa de ultrapassagem ou curva malfeita, por exemplo) vêm logo atrás.

Para Roberto Manzini, as soluções são simples: “dar a distância de seguimento correta, não tentar fazer ultrapassagens em locais proibidos e controlar a velocidade durante curvas”. O piloto também ressalta que o banco do motorista deve ser ajustado da maneira correta, conforme indica o manual do proprietário. Desta forma é possível manter a ergonomia e ter mais controle sobre o veículo. “A agilidade aumenta e o cansaço diminui”, afirma.

O comportamento imprudente de alguns condutores também gera consequências negativas. Para Manzini, o motivo principal dos acidentes é o que ele chama de mal do século: a falta de atenção. Ele afirma que os telefones celulares são os grandes responsáveis. “Chamam de smartphones, mas são, na verdade, stupidphones.”

E esse tipo de distração pode, sim, ser fatal. Há algumas semanas, a Ford divulgou estudo que aponta os perigos da chamada direção cega. Para se ter ideia, numa simples consulta às mídias sociais, por exemplo, um motorista dirigindo a 100 km/h percorre cerca de 560 metros (trecho equivalente a cinco campos de futebol) em cerca de 20 segundos.

OS CURSOS
É notório que, no Brasil, faltam campanhas de conscientização aos motoristas. Sendo assim, uma forma de se tornar mais hábil ao volante e baixar a desastrosa estatística do trânsito é procurar cursos de direção. Os mais tradicionais são os de direção defensiva (quando se aprende a evitar acidentes) e direção evasiva (formas de fugir de assaltos, sequestros, entre outros perigos).

Coordenadora de curso de direção evasiva, Suzane Carvalho defende que o conteúdo objetiva dar segurança ao motorista, que passa a ter total domínio sobre seu veículo no intuito de se defender de qualquer situação de risco. O problema é que “a maioria dos motoristas anda com o carro e não dirige o carro”, diz a ex-piloto.

Lá, as aulas são feitas no veículo do próprio aluno para que este possa dominar detalhes técnicos como a transferência de peso de molas, amortecedores, barras estabilizadoras, pneus e a própria carroceria. Suzane explica que o lance é conhecer cada detalhe do possante para que o tipo de reação – como desvio ou frenagem – seja seguro. “É preciso entender como, quando, onde, quanto e por que frear, esterçar e reacelerar. Tudo da forma mais equilibrada possível”. De acordo com a seguradora Porto Seguro, a chance de acontecerem acidentes com pessoas que fizeram cursos de direção é 28% menor em relação àquelas que não fizeram.




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