Secretário de Saúde andreense é pressionado por correligionários; prefeito tenta conter ânimos
Militantes do PT de Santo André manifestaram internamente pressão ao prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), pela exoneração do secretário de Saúde, Homero Nepomuceno (PT). Há descontentamento de parte dos correligionários com a atuação do titular, que integra o alto escalão desde o início do mandato, em 2013. A principal reclamação da base é que o petista, responsável pela Pasta, mantém distância aos funcionários do setor. Houve discussão acalorada, inclusive em conversas em grupo de WhatsApp, com troca de acusações.
Entre os que estavam na linha de frente pela queda de Homero está o ex-adjunto da Secretaria de Governo de Santo André e pré-candidato a vereador pelo PT Willians Bezerra, que detém prestígio junto à cúpula do partido. O postulante a uma vaga na Câmara tentou minimizar a situação, mas reconheceu a cobrança firmada no petismo. “Fizemos crítica interna. Sabemos que há dificuldade de várias ordens (na área), como a questão financeira, mas questionamos a falta de diálogo, a distância entre o funcionário da ponta com o gabinete”, disse, ao apontar conversa recente com Grana. “Tive diálogo com o prefeito. Ele ouviu sugestões. Hoje o caso, para mim, já está superado.”
No sábado, reunião no diretório do PT discutirá o assunto. Há outras correntes da legenda que também defendem a demissão do secretário, porém preferem anonimato – isso porque alguns dos críticos ainda pertencem ao governo, em cargos de confiança, e outros que fizeram parte da administração petista, atualmente em grave crise nas finanças. Outra cobrança seria Homero “não reconhecer os erros cometidos” na Pasta e a sua ausência em manifestações políticas pró-PT realizadas na cidade. O ato esvaziado feito na Rua Coronel Oliveira Lima, no Centro, recaiu à parcela do alto escalão do Paço.
Grande parte dos projetos de Saúde do governo está parada no município, a exemplo do Hospital da Vila Luzita, além de falta de diversos itens de medicamentos e promessas de inaugurações com prazos estendidos por questão orçamentária, como a UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas) Central. A previsão era que o Paço reabrisse o espaço, após reforma, ainda em 2015. <EM>
Procurado, Homero não respondeu aos contatos da equipe do Diário.
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