Política Titulo Clima quente
Sem votos, governo Grana recua e adia venda de áreas públicas

Proposta foi protelada por três sessões depois de a oposição engrossar adeptos pela rejeição

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
27/04/2016 | 07:00
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Sem votos suficientes para aval ao projeto, o governo do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), recuou e pediu ontem adiamento por três sessões da proposta que autoriza a venda de nove terrenos públicos da cidade. O clima foi tenso, com série de bate-bocas no plenário, inclusive entre vereadores e populares nas galerias. Mesmo diante da aprovação ao texto na primeira apreciação – por 15 favoráveis a seis – dia 19, havia indicação de que a bancada de oposição engrossara número de adeptos pela rejeição à matéria. Com a provável reprovação, a base de sustentação sugeriu a retirada da pauta. O Paço necessita de 14 apoios para acatar em definitivo.

Antes da votação surgiram quatro emendas ao projeto, suprimindo as áreas de maior extensão, como uma na Avenida Industrial e outra na Avenida Giovanni Batista Pirelli. A medida inviabiliza o andamento da proposta. Isso porque o Executivo busca a aprovação para poder angariar aproximadamente R$ 28 milhões com a negociação dos espaços. Caso aceitasse, o governo abriria mão de levantar R$ 22,1 milhões.

Após votarem a favor na primeira discussão, Toninho de Jesus (PMN) e Donizeti Pereira (PV) sinalizaram que ajudariam a derrubar o projeto. “Falei que não voto (positivo) se não incluírem as emendas”, disse Toninho. “Deixei claro que a primeira votação era com ressalvas”, emendou Donizeti, citando também que só aprovaria se houvesse retirada das duas áreas. Luiz Zacarias (PTB) citou que alguns colegas perceberam que a proposta “não traria vantagem”. “Existem projetos para esses terrenos grandes.”

O secretário de Governo, Arlindo José de Lima (PT), afirmou que remover as duas maiores áreas “descaracterizaria” a proposta. “Estávamos dispostos a discutir uma delas, mas acatar ambas perderia o sentido, não cumpre com o objetivo principal (arrecadar recursos).”

REAJUSTE
Por unanimidade, a Câmara aprovou, em duas sessões, projeto de reajuste salarial aos servidores da administração – direta e indireta – e do próprio Legislativo, com percentual de 13,31%, sendo 9,31% relativos ao índice acumulado do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), no período de 1º de abril de 2015 a 31 de março de 2016, e mais 4% pendentes de reposição do acordo firmado no ano passado. O texto exclui comissionados do Paço. 




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