Mais uma vez, a ausência do BC (Banco Central) contribuiu para o otimismo do mercado de câmbio. O dólar comercial fechou esta quarta-feira em queda de 0,91%, cotado a R$ 2,602 na compra e a R$ 2,604 na venda — menor valor desde 28 de fevereiro. Esta já é a nona desvalorização consecutiva da moeda norte-americana.

Pela quarta semana seguida, o BC anunciou que não realizou o leilão de 'swap cambial', tradicionalmente realizado às quartas-feiras. A instituição também não tem atuado no mercado à vista para a compra de dólares desde 16 de março.

Além disso, a cotação da divisa foi influenciada pela queda do preço do petróleo no mercado internacional e do risco-país.

Os investidores operaram atentos aos indicadores de inflação internos. Nesta manhã foi divulgada a inflação medida pelo IGP-DI (Índice de Geral de Preços – Disponibilidade Interna), da FGV (Fundação Getúlio Vargas), que subiu 0,99% em março, mais que o dobro de fevereiro (0,40%). Esse resultado veio acima das expectativas dos analistas e reforça as preocupações sobre uma alta da inflação no País.

Por outro lado, os dados sobre a produção industrial apontam uma acomodação. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a produção industrial apresentou queda de 1,2% em fevereiro na comparação com o mês anterior. Em relação a fevereiro de 2004, o crescimento da produção foi de 4,4%.