A vitória sobre o regime de Muamar Kadafi "não está completa", advertiram autoridades francesas nesta terça-feira. A alegria inicial do governo francês diante da entrada dos rebeldes em Trípoli no final de semana deu lugar a renovadas precauções em torno do confronto no país do norte da África.
"Eu disse ontem que a vitória não estava completa", afirmou o ministro das Relações Exteriores, Alain Juppé. Na segunda-feira, Juppé escreveu em um blog um texto com o título "Fim de uma ditadura - o objetivo está sendo alcançado".
"O regime caiu, a reviravolta é total", disse na segunda-feira o ministro da Defesa da França, Gerard Longuet. Nesta terça-feira, ele concedeu entrevista à rádio France Inter, dizendo: "A situação na Líbia não está totalmente terminada, longe disso."
Os dois funcionários confirmaram que ainda há bolsões de resistência com partidários do regime e que o combate continuava. Com isso, há a possibilidade de mais ataques aéreos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para auxiliar os rebeldes.
Juppé disse à rádio Europe 1 que funcionários de França, Reino Unido, Turquia, Alemanha e Estados Unidos, além de vários países árabes, mantiveram uma teleconferência na segunda-feira para discutir a missão militar.
Também nesta terça-feira, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, disse que Kadafi e seus filhos serão capturados em breve e devem ser julgados no Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia. "Eles serão capturados sem dúvida, em breve. Na minha opinião, eles deveriam certamente ser julgados em Haia", afirmou Frattini em entrevista à Radioanchio. Kadafi e seu filho Seif Al-Islam são acusados por crimes de guerra pelo TPI.
Na segunda-feira, rebeldes informaram que pelo menos dois dos filhos de Kadafi haviam sido capturados, incluindo Seif. Na noite de segunda-feira, porém, Seif apareceu livre e dizendo que as forças oficiais ainda controlam Trípoli. O outro filho supostamente capturado teria escapado, segundo o embaixador líbio em Washington, que falou à rede CNN. O paradeiro de Kadafi é desconhecido.
As informações são da Dow Jones.
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