Apesar das dificuldades, "ainda há a possibilidade de uma operação como esta falhar, dado a dificuldade do território afegão e a resistência de seus combatentes", advertiu O'Hanlon.
"Aposto a minha vida que não há um plano sério para derrubar militarmente os talibãs", disse Daniel Goure, analista do Lexington Institute.
Bush tem a alternativa de utilizar comandos para "evaporar" Bin Laden, indicaram outros analistas, lembrando que as forças especiais poderiam utilizar bases no Uzbequistão, Paquistão ou até mesmo no Afeganistão, na região sob o controle da oposição afegã.
Uma operação de comandos exigiria tempo, informação precisa de espiões dentro da organização de Bin Laden e o apoio de certos países, como o Paquistão, destacaram os analistas.
"A verdadeira chave é a informação", disse Andrew Krepinevich, especialista e diretor do Centro de Assustos Estratégicos. "Ninguém quer jogar forças especiais em uma emboscada ou armadilha. O que se quer é surpreender a outra parte. A surpresa é fundamental para se operar com efetividade". Uma invasão em grande escala no Afeganistão "é a última coisa que alguém vai querer ou pensar", concluiu Krepinevich.
O secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, já disse que a batalha será longa, custosa e diferente de tudo o que os Estados Unidos viram nos últimos tempos. Este novo desafio também poderá representar o primeiro grande caso de uso da informação militar para bloquear e interromper o fluxo de dinheiro para o terrorismo.
O vice-secretário norte-americano de Defesa, Paul Wolfowitz, falou na semana passada em um objetivo muito mais global: "terminar" com os Estados que ajudam ou promovem o terrorismo. As duas propostas incluem o Afeganistão, onde o governo Talibã abriga Bin Laden e seus comandos terroristas, ignorando as ameaças para entregá-lo.
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