Nacional Titulo
‘Só queríamos ficar famosos’, diz investigador
Do Diário OnLine
07/09/2001 | 00:11
Compartilhar notícia


O policial civil Reginaldo Nardis, ferido durante a perseguição ao seqüestrador Fernando Dutra Pinto, no flat L'Etoille, em Alphaville, prestou depoimento à polícia nesta quinta-feira e manteve a versão que divulgou à imprensa sobre a ação, que resultou na morte de dois investigadores, no último dia 29.

"Só quisemos ficar famosos, só isso. Tentamos encaná-lo. Ninguém pensou em dinheiro. Todo policial almeja o sucesso profissional", disse. Segundo Nardis, os policiais não sabiam que se tratava do seqüestrador de Patrícia Abravanel, filha de Silvio Santos, quando foram acionados.

O policial relatou que um de seus colegas entrou no elevador com Dutra Pinto e se envolveu em uma luta corporal com o criminoso, que conseguiu se desvencilhar e matou Marco Amorim Bezerra e Tamotsu Tamaki, do 91º Distrito Policial. Nardis ficou ferido.

Ele negou que tenha ocorrido outro tiroteio dentro do flat, hipótese que fora levantada pela polícia como possível justificativa para o fato de um dos policiais ter recebido sete tiros pelas costas. Segundo Nardis, as mortes só ocorreram porque Fernando "foi mais rápido". "Mesmo ferido, ele foi rastejando, com os dois revólveres na mão, atirou nos policiais e os usou como escudo", explicou.

Após o depoimento, Nardis, acompanhado de um promotor e dois policiais de Barueri, retornou ao flat para uma reconstituição não-oficial do crime, que durou cerca de meia hora.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;