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Ribeirão Pires abandona obra habitacional

Expectativa era que moradias ficassem prontas neste ano, mas intervenções não foram iniciadas

Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
14/04/2016 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


Previstas inicialmente para serem entregues neste ano, as obras de 560 unidades habitacionais em terreno localizado na Rua dos Manacás, no Parque Aliança, em Ribeirão Pires, ainda não saíram do papel. Apresentado para a população em abril de 2014, o projeto sequer tem autorização da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) para iniciar as intervenções no local.

Ontem, dois anos após o prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB), anunciar o início das intervenções para julho, o Diário visitou a área onde será construído o conjunto habitacional e constatou que nada mudou. No terreno onde serão erguidas as unidades habitacionais, até a placa que informava os moradores sobre o projeto foi retirada.

“Acho muito difícil essa obra acontecer. Nem sequer placa tem mais. Faz muito tempo que não vejo ninguém da Prefeitura aqui vistoriando o local”, diz o construtor civil Edvaldo Nunes de Brito, 57 anos.

Para a dona de casa Celia Bueno Ferreira, 48, a situação evidencia mais uma vez o descaso da atual gestão com a população. “Para mim, essa obra não vai sair do papel. O prefeito só serve para vir aqui tirar foto e postar no Facebook. Falta Segurança, Saúde e muito mais para nós.”

Sem justificar o motivo do atraso para execução das obras, a Prefeitura de Ribeirão Pires se limitou a informar que, neste momento, a administração municipal aguarda retorno da Cetesb para dar encaminhamento no projeto. Isso porque a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação da cidade protocolou junto ao órgão, no início do mês passado, pedido de licença prévia para enquadramento em Pris (Programa de Recuperação de Interesse Social) e posterior aprovação do empreendimento de interesse social pela Graprohab (Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais do Estado de São Paulo). A expectativa é que a Cetesb faça o deferimento do documento até o fim deste mês.

Questionada sobre a demora para encaminhar a documentação para a Cetesb, a Prefeitura não se manifestou até o fechamento desta edição.

 

PROJETO

Para a execução das unidades habitacionais, a Prefeitura irá contar com recursos oriundos do governo federal, por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida 2, com investimento de R$ 76 mil por unidade.

Serão contempladas famílias que possuem renda de até R$ 1.600, conforme estabelece o programa federal. A seleção dos beneficiados será feita por meio de cadastro da Prefeitura.

Questionada pelo Diário sobre o processo para liberação de verba, a Caixa Econômica Federal não retornou a demanda até o fechamento desta edição.




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