Política Titulo Redução de gastos
Gestão Grana cortará 40 servidores da Craisa

Exoneração de funcionários comissionados integra pacote da contenção de despesas do governo

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
03/04/2016 | 07:00
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André Henriques 16/3/16


O governo do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), tomou a decisão de exonerar 40 funcionários comissionados da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André). A ação integra lista de medidas para contenção de gastos públicos, devido ao momento de crise econômica e queda na arrecadação.

“A partir de abril, 20 (servidores) já estão fora e pretendemos mandar embora outros 20 até o mês que vem, cortando pela metade (os postos em confiança)”, alegou o secretário de Orçamento e Planejamento, Alberto Alves de Souza (PT). Com o procedimento, a economia deve girar em torno de R$ 100 mil ao mês, referentes a salários e encargos.

Grana avisou que a intenção é, dentro de conjunto de medidas do Paço, enxugar total de R$ 150 milhões. Em relação à quantidade de funcionários em comissão, o petista disse que “não há pacote fechado de valores” ou meta específica de números. “É política de diminuição de custeio que estamos construindo de forma progressiva. Não tem data certa e pacote pronto. É todo dia que acontece, na busca por redução de despesas”, disse o prefeito, ao acrescentar que a situação da Craisa é sintomática. “Tem serviços, porém não tem financiamento. O custo é alto, gerando deficit. Temos de equacionar”, adicionou. A Prefeitura fez, recentemente, subvenção no valor de R$ 14 milhões à autarquia para cobrir buraco financeiro.

O chefe do Executivo adiantou que neste ano, novamente, não haverá reajuste salarial aos servidores comissionados, assim como já ocorreu no ano passado. “Não tivemos em 2015 e também não será possível agora. Vamos congelar salário do prefeito, vice, secretário, diretores. Isso sem prejuízo de repor a inflação dos funcionários de carreira”, sustentou Grana. A administração petista anunciou no exercício anterior corte de telefones celulares, banco de horas, coffee break como maneira de diminuir as despesas. Demissão no Paço, no entanto, tende a ser apenas pontual. “É ano difícil, precisamos de time grande porque é ano de eleição. A ideia é equilibrar a balança, senão começa a comprometer serviços e projetos”, justificou Alberto.

A gestão tem acentuado a redução de secretários adjuntos. A diretriz para os titulares de Pastas é “não preencher” postos em vacância. Contabilizando as últimas mudanças no governo, a Prefeitura ficará sem oito funcionários no cargo de número dois da secretaria. Desenvolvimento Econômico, Esportes, Obras e Paranapiacaba estão sem adjunto após saída de Oswana Fameli (PMB), Marta Sobral (PDT), Carlos Sanches, o Carlão (PT), e Fabrício França (PT), respectivamente. Anteriormente, já tinham se desligado Cida Damaia (Saúde), Ana Lúcia Sanches (Educação) e Juliana Gattone (Comunicação). Agora será a vez de Miriam Armelin, adjunta de Planejamento, que solicitou exoneração.




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