Após cogitar enxugar a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, a Prefeitura de São Caetano formulou o PMDE (Plano Municipal de Desenvolvimento Econômico) 2016-2025, que prevê diretrizes para a expansão econômica da cidade para os próximos dez anos. A proposta foi aprovada em duas votações, na sessão de terça-feira, pela Câmara.

O secretário de Desenvolvimento Econômico da cidade, Arnaldo Gonzalez Xavier, explica que o plano impõe políticas públicas de longo prazo para que a cidade seja “economicamente viável”, ou seja, possa impulsionar a atração de novas empresas e criar condições sustentáveis e tecnológicas para abrigá-las. “Não adianta haver ações de governos a cada quatro anos. Um (gestor) fala uma coisa, outro fala outra coisa. Você não tem direcionamento da cidade. Por isso esse plano prevê ações para os próximos dez anos, podendo ser reestruturado”, frisou. “O município precisa de ações que tenham começo, meio e fim.”

De acordo com Gonzales, “60% do plano” indicam iniciativas que não necessitam de recursos, apenas ações práticas. No caso das intervenções que precisem de investimento, o chefe da Pasta sustenta que a verba poderá ser do próprio Tesouro municipal, oriundo de transferências externas dos governos federal ou estadual ou até por meio de PPP (Parceria Público-Privada).

O secretário avalia que a criação de plano para o avanço econômico da cidade em meio às crises política e econômica é essencial para que as empresas já situadas em São Caetano não mudem de endereço. “Você tem que planejar. Estamos observando processo de desindustrialização na região (do Grande ABC). Vemos que já existe fuga de empresas para as cidades menores. Precisamos organizar isso para que as companhias não tenham vontade de ir embora daqui. Isso significa ter infraestrutura local”, pontuou.