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Em casa, São Caetano vira sobre Sto.André no clássico

Azulão faz 2 a 1 no Anacleto Campanella e
volta à liderança; Ramalhão cai para décimo

Felipe Simões
20/03/2016 | 07:00
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André Henriques/DGABC:


De virada, o São Caetano bateu o Santo André por 2 a 1, ontem, no clássico regional pela 15ª rodada da Série A-2. Em jogo quente e com etapas distintas – os tentos saíram nos 45 minutos finais –, o Azulão levou a melhor e foi aos 30 pontos, de volta à ponta – beneficiado ainda pelo revés do Bragantino –, enquanto o Ramalhão parou nos 22, em décimo.

Enquanto as torcidas faziam sua parte nas arquibancadas, as equipes deixaram a desejar em campo. O São Caetano dominava as ações, mas esbarrava na forte marcação do Santo André, que bloqueava bem a entrada de área.

Aos 12 minutos, a única chance azulina. Após boa triangulação com Matheus e Jô, Daniel Costa concluiu à esquerda da meta de Zé Carlos.
Depois, o clima esquentou por conta das faltas duras. Houve entrevero entre Jô e Diogo Borges, e depois entre Gercimar e Dudu – este reuniu boa parte dos jogadores.

O Santo André teve a melhor oportunidade aos 45 – Dudu arriscou de fora da área e Renan Rocha agarrou.
Na segunda etapa, o duelo mudou de figura, já que as equipes voltaram mais dispostas a atacar. Aos cinco, Jô arriscou de fora da área e obrigou Zé Carlos a fazer boa defesa. E se o Azulão não aproveitou, o Ramalhão não desperdiçou. Dois minutos depois, Branquinho colocou na medida para Diogo Borges testar e marcar seu quarto gol na A-2.

O tento colocou fogo no jogo, e o São Caetano foi para cima. No entanto, o Santo André continuava com defesa sólida, e os azulinos não encontravam espaços. A solução era o drible. E foi assim, passando por três, que Neto, aos 22, fez bela jogada e bateu rasteiro, sem chances para Zé Carlos.
A pressão azulina foi tão grande que o Ramalhão não segurou. Aos 38, Ferreira ganhou na lateral, cruzou para Naôh, que pisou para Diego Sales bater com efeito e correr para o abraço.

 

Vai entrar para a história, diz Sales

Atleta do Azulão se emociona com gol no clássico e lembra de dedicação nos treinos quando saiu do time

O gol marcado aos 38 minutos do segundo tempo sobre o Santo André vai ficar marcado para o meia-atacante Diego Sales. Em seu sétimo jogo pelo São Caetano, o atleta foi o responsável por dar a vitória, por 2 a 1, ao Azulão no clássico do Grande ABC.

Vai ficar para a história porque é no clássico, ainda mais sendo o gol da vitória”, comentou Sales. “Mas fico mais feliz pelo resultado. Nosso grupo é bom e muito qualificado. Fizemos por merecer a vitória. Entrei na partida e pude ajudar com o gol”, acrescentou.

Diego Sales ainda lembrou da dedicação, apesar de ter feito somente dois jogos como titular na Série A-2. “Tem que ter momentos difíceis para darmos valor quando ganhamos. Nunca parei de treinar, sempre focado no trabalho e respeitando a opinião do treinador. Vou falar o que do grupo? Se me tirar, tem dez que jogam igual ou melhor”, destacou.

 

Neto mostra habilidade, marca golaço e domina meio na partida

ANDERSON FATTORI

andersonfattori@dgabc.com.br

O jogo estava complicado para o São Caetano. Atrás no placar e pressionado pela torcida, o time precisava reagir. Foi então que brilhou a estrela do meia Neto, que fez fila na defesa do Santo André e marcou um golaço, o de empate no clássico. Além da bola na rede, ele dominou as ações no meio de campo e foi o destaque do confronto no Anacleto.

Um pouco antes falei para o (Diego) Sales tocar para mim no meio. Ele fez isso, limpei um, dois, não sei quantos, consegui fazer um belo gol e sair com a vitória”, comentou Neto, que agora é o artilheiro isolado do Azulão na Série A-2, com cinco. “As bolas estão entrando, isso é importante, mas quero fazer mais para ajudar o São Caetano”, acrescentou.

 

Por muito pouco Neto não teve de sair do jogo no primeiro tempo. Em dividida no alto com Luciano Sorriso, ele caiu em cima do braço. “Deu uma inchada, mas fui medicado e agora tenho de me recuperar porque na quarta-feira tem mais uma batalha”, ressaltou, lembrando do duelo contra a Portuguesa, no Canindé. “Nosso primeiro objetivo é ficar no G-8, mas é bom permanecer mais à frente”, constatou.

 

Toninho Cecílio reclama de falta no segundo gol do São Caetano

O técnico Toninho Cecílio deixou o Anacleto Campanella chateado com a não marcação de falta em Agenor no segundo gol do São Caetano. Para o treinador do Santo André, o lance, aos 39 minutos, foi decisivo para o resultado do jogo.

“Infelizmente, houve falta clara no Agenor no segundo gol. Jogo tão difícil, em reta final de campeonato, fomos prejudicados claramente pela arbitragem. Fica meu protesto, não tirando o mérito do Diego Sales, que fez o gol, mas foi lance que nos pegou desprevenidos.”

 

Outro motivo que deixou Toninho triste foi o fato de o Santo André não ter conseguido valorizar a posse de bola. “Faltou segurar um pouco mais a bola. O time executou posicionamento interessante, mas quando recuperava não tinha força para sair com a bola dominada, fazer as transições. Com isso, devolvemos a bola para eles, que viraram o jogo”, constatou o treinador andreense. 

 

Anacleto é invadido durante madrugada

O clássico começou antes de a bola rolar. Na madrugada, vândalos invadiram o Anacleto Campanella e derramaram óleo e açúcar na arquibancada onde ficaria a torcida do Santo André. Sem tempo para a limpeza, a Polícia Militar foi obrigada a mudar de estratégia e colocar ramalhinos e azulinos lado a lado nas arquibancadas.

Os muros e asfalto nas redondezas do estádio também amanheceram pichados com mensagens que provocavam os torcedores andreenses.

Poucos minutos antes de a bola rolar, o capitão da Polícia Militar, João Francisco Terron, recebeu a informação que grupo de torcedores do São Caetano planejou emboscada aos ônibus do Santo André e deslocou a cavalaria para impedir o confronto, com sucesso.

Dentro do estádio, nenhuma anormalidade, além dos insultos de ambas as partes. A segurança foi garantida por cerca de 100 policiais destacados para cuidar do clássico, dos batalhões de Santo André, São Caetano e cavalaria.




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