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Presidente Chen Shui-bian é reeleito em Taiwan
Do Diário OnLine
Com AFP
20/03/2004 | 12:08
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O presidente de Taiwan, Chen Shui-bian, foi reeleito ao cargo neste sábado. No balanço final da Comissão Eleitoral taiwanesa, Chen obteve 6.471.970 votos, contra 6.442.452 de Lien Chan, chefe do Kuomintang. O oposicionista não aceitou o resultado da eleição e anunciou que vai pedir a recontagem dos votos.

Chen Shui-bian, que foi vítima de um atentado na véspera das eleições, aparecia atrás de Lien Chan nas primeiras prévias do pleito. O chefe do Kuomintag, batido nos últimos momentos por uma diferença bem pequena (cerca de 30 mil votos num universo de 16,5 milhões de eleitores inscritos), afirmou que as eleições não foram honestas e destacou os pontos obscuros que cercam a tentativa de assassinado do presidente Chen.

"A pequena diferença foi obtida em condições suspeitas", afirmou Lien a correligionários, pouco após a divulgação dos resultados. "Não foi uma eleição honesta. Preparem-se para pedir a anulação."

Suspeitas - O atentado contra Chen, ocorrido na véspera da eleição, segue sem ser esclarecido. Neste sábado, o próprio presidente destacou que "ninguém sabe de onde veio a bala". Cercado por muitos guarda-costas - alguns armados com fuzis - e acompanhado pela primeira-dama, Wu Shu-chen, o presidente afirmou que a democracia taiwanesa "não sucumbirá a nenhuma ameaça".

Chen e sua vice, Annette Lu, ficaram levemente feridos por tiros quando saudavam a multidão a bordo de um jipe em Tainan, ao sul de Taiwan. Lu também disse não saber quem foi o autor dos disparos. "Até que se descubra os suspeitos e sua motivação, não farei especulações inúteis", afirmou.

O governo da ilha fez questão de rechaçar qualquer suspeita de participação da rival China no atentado. "Posso ter certeza que esse incidente não tem absolutamente nada a ver com a China comunista e a política. Trata-se apenas de um atentado contra a ordem social", disse o chefe do Departamento de Segurança Nacional, Tsai Chao-ming.

Chen, em seu discurso de posse, prometeu se aproximar da China para tentar amenizar o clima de rivalidade e desentendimento entre as duas nações. O presidente pediu que Pequim o veja como um aliado, não como um rival.

A imprensa evocou neste sábado a possibilidade de o autor ser um fanático político ou um doente mental.

As autoridades taiwanesas oferecem uma recompensa de 23 milhões de dólares taiwaneses (US$ 697 mil) a quem dê indícios que levem à captura do autor ou dos autores do atentado.

"Não posso tornar públicas as últimas informações sobre o expediente, mas posso assegurar-lhes que estamos investigando suspeitos em potencial e penso que em breve poderemos localizar quem realizou os disparos", disse o procurador-geral Lu Jen-fa.




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