O deputado estadual Marquinho Tortorello (PPS) assume desde já a candidatura a prefeito de São Caetano em 2012, quando o recém-eleito José Auricchio (PTB) concluiria o segundo mandato, caso procure a reeleição. Amigos desde a infância, Marquinho e Auricchio confirmam projetos políticos complementares e asseguram que apesar da morte do prefeito Luiz Olinto Tortorello, o grupo político permanece coeso. Marquinho atesta: a cabeceira da mesa tem de ser ocupada por Auricchio, mas as decisões devem ser colegiadas. "José Auricchio é prefeito e líder do grupo. Isso é ponto e não tem o que falar. Só que todas as administrações do prefeito Tortorello, apesar de ele ser o líder, sempre jogou com o grupo."
DIÁRIO - Como fica o cenário político agora que a cidade não tem a figura forte do prefeito que era o elemento de coesão?
MARQUINHO TORTORELLO - Nós temos grupo forte. Nós temos grupo para permanecer unido. Pode ter a certeza disso. O líder era o prefeito Tortorello. Mas a união que ele colocou dentro desse grupo, ninguém desfaz. Não existe como desfazer. Ainda mais com o Zé (José Auricchio) agora. O Zé foi escolhido para ser o novo líder do grupo. E eu tenho a certeza que ele vai levar isso adiante e vai fazer com que esse grupo permaneça unido. Ele vai continuar.
DIÁRIO - Houve um racha nas últimas eleições, com a saída de Walter Braido. Como será tratada essa fissura?
MARQUINHO - Hoje em São Caetano não existe mais Braido. Braido era lider enquanto ele estava junto com a gente. Nessas últimas eleições ele andou pendurado no grupo. Essa é uma verdade. Esta aí a prova do Iliomar, que teve uma votação inexpressiva. Se ele era um lider mesmo, ele teria no mínimo que estar disputando a ponta ali.
AURICHIO - Ele saiu à rua, fez campanha para o Iliomar, foi para a televisão. O Tortorello participou da minha campanha. Nós ganhamos e eles ficaram em terceiro lugar. E tem mais. Eles estavam unidos para nos derrotar. A família do ex-prefeito Braido apoiava de uma maneira indireta três candidatos. João Dario, era coordenador-geral da campanha do Hamilton Lacerda (PT). Braido era o padrinho político do Iliomar (PL). E o Tite Campanella (PFL), é sobrinho também do João Dario. Na verdade a liderança do prefeito, puxou a minha candidatura, ganhou dos outros 2º, 3º e 4º colocados.
DIÁRIO - Com quem fica o lugar ocupada por Tortorello? Agora vai ser uma liderança matricial?
MARQUINHO - Não. É José Auricchio. José Auricchio é prefeito e líder do grupo. Isso é ponto não tem o que falar. Só que todas as administrações do prefeito Tortorello, apesar de ele ser o líder, sempre jogou com o grupo.
DIÁRIO - Existe uma informação dos bastidores que o Antônio de Pádua Tortorello estaria cansado da função de articulador político do grupo. Ele vai continuar?
MARQUINHO - Lógico que vai. O Pádua é o grande pulmão desse grupo e ele que articula. Cada um do grupo tem a sua função e o Pádua tem a dele. E não está cansado coisa nenhuma. Nós temos uma missão pela frente, a de mostrar para o Brasil todo, que apesar da perda do nosso lider maior, o grupo vai fazer e vai continuar fazendo o que sempre fez. Vamos mostrar que o grupo é forte.
DIÁRIO - Além da afinidade pessoal há projetos complementares entre o sr. e o Auricchio. O senhor já disse que é candidato a deputado estadual em 2006. Haveria uma coincidência de prazos. O sr. poderia ser candidato a prefeito em 2012, justamente quando Auricchio encerrar o segundo mandato?
MARQUINHO - Poderia. Mas nós temos um grupo e esse grupo é quem vai definir daqui a quatro anos se o Zé vai ser candidato a reeleição.
DIÁRIO - O prefeito Tortorello dizia que queria ver o sr. ou o Auricchio assumir a posição que era ocupada por ele. O sr vai ser candidato a prefeito em 2012?
MARQUINHO - Lógico que eu sou candidato a prefeito daqui oito anos, quando o Auricchio sair. Eu sou candidato a sucessão do José Auricchio daqui a oito anos. Hoje o grupo pensa assim. O Zé vai governar durante oito anos, e depois eu sou candidato a sucessão dele. Perfeito.
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