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Chevrolet venderá Camaro no Brasil
Wagner Oliveira
Do Diário do Grande ABC
24/02/2010 | 07:09
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O presidente de operações internacionais da General Motors, Tim Lee, anunciou que a montadora vai trazer para o Brasil o esportivo Chevrolet Camaro. O muscle car, modelo que aqui funcionará como carro de imagem para a marca, deverá ser apresentado no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, que será realizado em outubro. Baseado na China, Tim Lee esteve no Brasil para visitar a fábrica e o Centro Tecnológico, em São Caetano.

A versão do Camaro que será importada dos Estados Unidos ainda não foi definida. "Estamos analisando qual seria a melhor motorização para o mercado brasileiro", afirmou o presidente da montadora no Brasil e Mercosul, Jaime Ardila, que também confirmou a importação do sedã Malibu.

O Malibu, que virá preencher a lacuna entre Vectra e Omega, vai brigar com Ford Fusion, com preço em torno de R$ 80 mil. "O Malibu ficará abaixo dos R$ 100 mil, e o Camaro acima disso", sinalizou Ardila. "O Malibu chegará antes, já estamos fazendo os testes de calibração," completou.

Embora a direção da empresa não tenha se manifestado, uma das versões do Malibu com chance de ser importada é a LT, com o motor 2.4 Ecotec de quatro cilindros, que desenvolve 169 cv. No mercado norte-americano, a topo de linha é a LTZ com motor 3.6 V6.

A GM decidiu trazer o Camaro depois que importadores independentes testaram o mercado nacional. O esportivo já é vendido no Brasil desde o ano passado no segmento de luxo. Na importadora Só Veículos, localizada na Avenida Europa, em São Paulo, a versão automática, com motor V6 de 304 cv, é oferecida por R$ 239 mil. A V8, de 428 cv, custa R$ 299 mil. Segundo o vendedor Eduardo Bueno, o Camaro é bem aceito - tanto que a importadora já vendeu mais de 15 unidades desde outubro.

"Já que importadores independentes trazem, nada mais justo que a própria Chevrolet ofereça o Camaro em sua rede com a garantia de fábrica", afirmou o vice-presidente da GM no Brasil, José Carlos Pinheiro Neto. Ardila acredita que o volume de vendas será baixo, mas não quis adiantar o volume previsto.

Na apresentação de Lee, a direção da GM demonstrou preocupação com a inclusão de carros como possíveis produtos que o Brasil poderá retaliar os Estados Unidos, com a autorização da OMC (Organização Mundial do Comércio), em razão de subsídios concedidos por aquele país a seus produtores de algodão. Neste caso, o projeto de importação da GM poderia ser prejudicado. (Colaborou Sueli Osório)




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