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Roubos batem recorde no Estado
30/08/2009 | 07:00
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No primeiro semestre do ano, o Estado de São Paulo registrou 130 mil casos de roubo, um recorde nas estatísticas. Os picos históricos ocorrem tanto em cidades grandes, casos de São José dos Campos e Jundiaí, quanto em médias e pequenas. A região de Presidente Prudente - com 53 cidades, 50 delas com menos de 40 mil habitantes - foi onde os registros mais cresceram: 54% em relação ao mesmo semestre de 2008.

Conforme o ranking de roubos feitos pelo Estado, entre os 645 municípios paulistas, cidades com economias ricas e problemas históricos em segurança - como Praia Grande, Diadema, São Paulo, Santo André, São Bernardo, São Vicente, São Caetano, Santos e Campinas - lideram a lista entre as cidades com mais de 100 mil habitantes. Só 6 dos 73 municípios com essa densidade populacional registraram quedas nos índices de roubos.

Os dados mostram ainda que esse crime aumenta principalmente em cidades antigamente mais calmas e menos populosas. Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo, teve o maior crescimento no semestre: 113%. Várzea Grande Paulista e Jandira, segundo e terceiro lugares, também tiveram aumento acima de 100%.

E a explosão de roubos em São Paulo se torna intrigante por ocorrer depois de resultados positivos na redução dos homicídios. Os três primeiros lugares no ranking atual de roubos - Praia Grande, no litoral; Diadema, no Grande ABC, e a Capital - já lideraram os índices de assassinatos na década de 1990 e no último semestre ficaram abaixo da 20ª posição nesse ranking. "As vítimas de roubos têm perfis diferentes das de homicídios. São casos que ocorrem em horários e circunstâncias distintas e, por isso, demandam políticas de segurança específicas", afirma a cientista social Tatiana Whapely de Moura, que obteve o primeiro lugar no concurso de monografias da Conferência Nacional de Segurança Pública.

O comandante-geral da PM, Álvaro Batista Camilo, observa que a prioridade da política de segurança pública passou dos assassinatos para a prevenção e punição aos crimes patrimoniais. "Fora o homicídio, é o crime que cria mais sensação de insegurança." Reforçar o policiamento nas comunidades rurais e atuar nos locais apontados como os mais procurados pelos ladrões serão duas estratégias.

Para melhorar a investigação, o governo do Estado pretende ainda dar continuidade ao reforço no trabalho de investigação da Polícia Civil. Quarenta homens do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra) passaram a reforçar as investigações nos distritos policiais e já comandaram duas grandes operações, na Praça da Sé e 25 de Março, na Capital. Com isso, nos últimos dois meses, os roubos no Estado já mostram tendência de queda.




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