Os tucanos de Santo André não ficaram muito à vontade com eventual apoio do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), à reeleição do prefeito Aidan Ravin (PTB). O cenário é retratado pelo fato de o petebista ter fiado ao lado do tucano na eleição ao governo estadual no ano passado.
Aidan se mostrou desde o início do processo ser favorável à candidatura de Alckmin, participando de caminhadas e carreatas. O tucano alcançou 45,12% dos votos em Santo André, contra 38,72% de Aloizio Mercadante (PT). Entretanto, na corrida pela Presidência, Aidan ficou em cima do muro.
Outro panorama citado nos bastidores de Santo André é a possibilidade de um tucano compor como vice na chapa de Aidan em 2012. O vereador Marcos Cortez, o Marcos da Farmácia (PSDB), seria o escolhido. A razão para o interesse seriam os votos conquistados pelo parlamentar na região do 2º Subdistrito.
Questionado sobre o assunto, o parlamentar demonstrou surpresa. "Fico lisonjeado com a citação do meu nome. Mas não se sabe como se dará o processo." Para ele, caso o governador ofereça apoio ao prefeito, deve ser em possível segundo turno. "Respeito muito o quadro político. O partido luta para ter candidatura própria na cidade."
O presidente municipal do PSDB, José Luiz Cestari, deixou transparecer o incômodo com o suposto apoio de Alckmin à reeleição de Aidan. "A pretensão de apoio é do prefeito, mas não há nada definido pelo governador. Agora, o prefeito pode esperar o que quiser."
O comandante da sigla afirmou que seguirá a orientação da executiva estadual de lançar nome tucano para ocupar cadeira no Paço. Indagado se o indicado seria mesmo o vereador Paulinho Serra, esquivou-se. "É prematuro dizer que o candidato é o Paulinho. Lógico que ele é um dos quadros do partido, mas não é tempo para isso."
Paulinho, por sua vez, negou novamente qualquer movimentação do governador pró-Aidan. "É especulação. Não há compromisso do PSDB com o Aidan. O partido tem o compromisso de apresentar candidato nas cidades com mais 100 mil habitantes."
O vereador Marcelo Chehade (PSDB) disse achar "difícil Alckmin apoiar um candidato que não seja do PSDB". Para ele, isso se confirmaria no caso de realmente o vice de Aidan ser um tucano. "Isso se o partido não tiver candidato disputando."
O Palácio dos Bandeirantes preferiu não se posicionar sobre alianças de Alckmin no Estado.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.