Agentes comunitários de Saúde visitaram ontem pelo menos 250 casas no Jardim das Oliveiras, em São Bernardo, para aplicar um questionário específico sobre possíveis agravos à saúde dos moradores que possam estar associados aos agentes contaminantes que sobraram do antigo lixão que havia no local, onde as casas foram construídas há mais de uma década.
Além das perguntas usualmente feitas pelos agentes de Saúde que transitam no bairro, ontem os moradores foram indagados também sobre a ocorrência de doenças respiratórias, de pele, neurológicas, câncer, má formação além de óbitos e suas causas.
Segundo a enfermeira do Programa de Agentes de Saúde Ana Paula Martins de Macedo, o grupo escolheu percorrer o bairro no final de semana pois durante os dias úteis grande parte dos moradores está no trabalho. "Há ainda a dificuldade de que muitas pessoas não querem nos atender." Ana Paula diz que ainda não foram colhidos relatos de pessoas doentes e que possam ser associados às substâncias tóxicas encontradas na área, como o benzeno e o mercúrio.
"Moro aqui há 11 anos, meus dois filhos nasceram aqui e nunca ninguém teve problemas de saúde", diz a atendente Maria do Carmo dos Santos.
A compilação dos questionários deve ficar pronta nesta semana e ainda não se sabe se, a partir das respostas obtidas, a Secretaria de Saúde passará a realizar outro tipo de investigação entre os moradores.
No residencial Barão de Mauá, em Mauá, que enfrenta problema semelhante de contaminação, o Programa Saúde da Família tem atuação específica entre os condôminos.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.