O ex-deputado estadual Marquinho Tortorello (PPS-São Caetano), que retornará à Assembleia em passagem relâmpago (será encerrada em meados de março), vai aproveitar o curto tempo no Parlamento do Estado para começar a cavar espaço para as eleições municipais de 2012. Segundo ele, um bom trabalho na Casa significará sair na frente para ser o candidato a vice ou a prefeito de São Caetano, apoiado pelo grupo do chefe do Executivo, José Auricchio Júnior (PTB).
"Se eu conseguir trazer divisas para São Caetano, é lógico que alavancaria uma possível vice, ou até mesmo uma candidatura a prefeito", analisa. "Mas quem decidirá isso será o Auricchio", atenta.
Marquinho refez as pazes com o prefeito no ano passado. Em 2008, candidatou-se a vereador e se aliou ao tio, Jayme Tortorello (PT), que concorreu à Prefeitura com Auricchio. Com a volta dos bons entendimentos com o Executivo, o popular-socialista enxerga possibilidade real de contar com o apoio do grupo governista para chegar ao Paço.
"Preparei o partido para lançar candidato a prefeito ou a vice do grupo do governo. O PPS está com o Auricchio", pontua, ao justificar a esperança.
Sobre retomar o cargo de deputado estadual, Marquinho diz estar ansioso. Ele herdará cadeira deixada por Davi Zaia (PPS), nomeado secretário de Emprego e Relações do Trabalho pelo governador eleito, Geraldo Alckmin (PSDB). "Não esperava retornar tão cedo... Não disputei as eleições deste ano. Tirei férias da política para colocar ordem nos negócios", revelou.
A atuação na Casa irá até 15 de março, quando tomarão posse os deputados eleitos neste ano. O popular-socialista turbina em um mês sua estada na Assembleia, desconsiderando o recesso parlamentar. "Serei deputado a partir de 3 de janeiro", sinaliza. "Durante o recesso só não tem sessão. Os trabalhos ocorrem normalmente."
Nos dois meses e meio em que será deputado, Marquinho receberá salário total de R$ 31 mil, e participará de 17 sessões ordinárias, a partir de 1º de fevereiro. Nas plenárias, tentará articular a aprovação de projetos de sua autoria que ficaram pendentes em seus dois mandatos (1999 a 2003 e 2003 a 2007), entre eles o que obriga o Estado a fornecer protetor solar de graça a profissionais de Educação Física que trabalham expostos ao sol.
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