Glória Coelho abriu o dia de desfiles nessa manhã de sexta-feira no shopping Iguatemi, como de praxe, com muita roupa preta e transparência. Porém, se a cor denota simplicidade, esqueça esse conceito. Os tecidos vêm sobrepostos, cheios de volume em jabôs ou desconstruções e muitas aplicações de babados, flores e pedras brilhantes. No colo, em meio à sobriedade do negro, golas de cetim brancas se destacavam.

Os shorts curtos e sequinhos e calças justíssimas na parte de baixo dos looks eram usados com casacos volumosos de veludo, lã pesada e lã fria com abotoamento duplo e caimento amplo. Pelerines bordadas seguiam a mesma forma, mais ajustada no colo em linha A na cintura. As peças podiam ser em couro e lã, mais pesados, ou chiffon e tule, quase sempre com peça justa embaixo. Os comprimentos variavam de logo abaixo dos seios até a altura do joelho, passando por aqueles que cobriam apenas o quadril.

O preto, cor preferida da estilista em suas criações, dividia espaço com verde claro e roxo, em tecidos acetinados, que brilhavam. O branco aparecia como detalhe das peças e em alguns vestidos curtos e descolados do corpo, usados sempre com meia-calça preta e sapatilhas em verniz. Os babados podiam ser em preto com mistura de texturas ou com alguma camada florida, para quebrar a rigidez da cor. Tecidos e texturas eram sobrepostos na mesma peça que podia ter parte da manga em tecido transparente e outra com aplicações de fitas de gorgurão e organza, num patchwork monocromático.