A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ellen Gracie, abriu nesta segunda-feira o 1º Seminário de Gestão da Informação Jurídica em Espaços Digitais, cujo tema é a gestão de bibliotecas. A pauta do encontro, que vai até quarta-feira, inclui a análise de novos conceitos, tecnologias e tendências na gestão da informação jurídica em ambiente digital.

Gracie destacou a função das bibliotecas digitais de preservar o conhecimento, aliada à democratização do acesso a documentos antes inacessíveis. Ela ressaltou o papel da biblioteca “como forma de conhecimento acumulado” e lembrou que, nos dias atuais, “o progresso faz com que o conhecimento tenha circulação praticamente instantânea, de modo que a última descoberta científica encontra-se noticiada ao redor do mundo”.

Segundo a coordenadora da Biblioteca do Supremo, Lílian Januzzi, participaram do seminário representantes de outros países, interessados em discutir as tecnologias de desenvolvimento de bibliotecas digitais no mundo, a legislação e os direitos autorais em outros países.

“Obras de domínio público, obras jurídicas, obras raras, de acesso restrito e limitado agora serão digitalizadas e poderão ser lidas no site do STF”, informou a secretária de Documentação do órgão, Altair Damiani. De acordo com Altair, a partir de quarta-feira estará disponível na Biblioteca Digital do STF a primeira coleção com a obra de Rui Barbosa. Outras obras serão disponibilizadas gradativamente, dependendo da liberação dos direitos autorais.

Participam do seminário cerca de 500 pessoas, entre representantes de universidades e instituições públicas brasileiras, bibliotecários, arquivistas, analistas de sistema, advogados e estudantes. Estão previstas 26 palestras, das quais seis serão proferidas por especialistas estrangeiros, vindos da França, Itália e Estados Unidos.