O deputado estadual Fabiano Pereira (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul que acompanhou a angústia da professora e pastora da igreja Metodista Genilma Boehler na busca por seus filhos seqüestrados, disse neste domingo que pretende elaborar uma cartilha para ajudar outros brasileiros que tiverem o mesmo problema. Genilma deve se reunir nesta segunda com o deputado em Porto Alegre para fornecer informações sobre o desfecho do seqüestro de Guilhermo, 10 anos, e Arturo, 7.
"Preciso concluir relatório sobre o caso. Vamos fazer um balanço sobre tudo o que ocorreu e os procedimentos adotados", conta Pereira. Após chegar em Porto Alegre na madrugada deste sábado com os filhos, Genilma foi para um apartamento alugado especialmente para passar o fim de semana com eles. "No apartamento nem tem telefone. Ela quer sossego total para ficar com os filhos. A partir de amanhã (segunda) vai atender outras pessoas", justifica o deputado.
Durante mais de dez meses, Genilma, que morava em São Bernardo com a família, ficou longe das crianças. Eles foram seqüestrados pelo pai, o indigenista Eri Daniel Rojas Villalba, e levados para o Paraguai. Nos últimos meses, as crianças estavam retidas na região do Chaco, uma das mais pobres do país. Durante todo o período, a mãe não teve qualquer contato com os filhos. Para achar os meninos, Genilma pressionou autoridades do Brasil e do Paraguai e realizou diversos protestos.
Segundo o bispo metodista e amigo de Genilma, Adriel de Souza Maia, que participou de uma vigília na porta do consulado paraguaio, em São Paulo, para cobrar providências das autoridades daquele país, a pastora e os filhos devem vir a São Bernardo antes do Natal para uma ato na igreja Metodista do Rudge Ramos. O evento será em agradecimento ao apoio que teve dos amigos, colegas de trabalho, fiéis e imprensa.
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