Cerca de 40 mil pessoas dividiram na maior paz – apesar do festival paralelo de drogas – o espaço de 20 mil metros quadrados para curtir o que há de melhor do bate-estaca mundial. Mas, visto desde o ponto mais alto do autódromo, o número de pessoas parecia duplicado. Felizmente, a desorganização da porta não se repetiu lá dentro. Os horários foram cumpridos britanicamente, mas não a programação, que teve de ser remanejada de última hora (nada que pudesse fazer muita diferença). A segurança, a praça de alimentação, os bares, o Mercado Mundo Mix improvisado, tudo funcionou. Menos os banheiros, que ficaram imprestáveis.
O Skol Beats teve momentos mágicos. Que esteve na tenda Bugged Out!, onde só tocava acid house, das 4h30 às 6h30, presenciou uma das melhores coisas da balada: a apresentação do norte-americano Erick Morillo, cuja performance é sempre considerada uma surpresa. Morillo apavorou o set com uma longa mixagem de Sweet Dreams, do Eurythmcs. Outro momento inspirado foi o do Technasia, que subiu ao Outdoor Stage (um palco ao ar livre, com boca de cena de 18 metros e iluminação psicodélica) já de manhã, por volta das 6h45. A dupla de techno é formada por um francês e um nativo de Hong Kong e fez valer sua estréia no Brasil.
Entre os DJs brazucas, não teve para ninguém. Mesmo com o comando da tenda Movement (de drum’n’bass) – e não do palco principal, como merecido –, Marky mostrou porque é uma unanimidade no assunto. Seu set estava abarrotado de gente querendo se esbaldar com o som energizante que proporciona. Outra atração elogiadíssima foi o Groove Armada, no Outdoor Stage, às 23h30. A banda inglesa fez sua primeira apresentação brasileira aproveitando o sucesso de My Friend, hit que pertence à trilha sonora da novela O Clone.
A megarave foi encerrada com o set de Layo & Bushwacka, ao ar livre e sob um sol escaldante, após 18 horas e 15 minutos de música. E, por incrível que pareça, o público queria mais.
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