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Seccional de Diadema é transferido para Mogi das Cruzes
Bruno Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
22/05/2008 | 07:02
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A Delegacia Seccional de Diadema passará por mudanças após o feriado. Sai o atual delegado-seccional, Sérgio Abdalla, e entra Ivaney Caires de Souza, ex-diretor do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), Deinter (Departamento de Polícia do Interior) Sorocaba e do Denarc (Departamento de Investigação sobre Narcóticos).

Abdalla disse ontem que o pedido de transferência não partiu dele. "Infelizmente vou sair de Diadema, porque gosto muito daqui. Foi uma determinação da Delegacia Geral de Polícia", lamentou o delegado, que irá para Mogi das Cruzes.

Sob o comando do delegado - e aliada a um bem sucedido programa da Prefeitura de combate à violência e da ação da Polícia Militar -, a cidade viu o índice de homicídios cair 49% em seis anos (foram 165 assassinatos em 2003 e 80 no ano passado), voltando a patamares registrados uma década antes. O número de roubos e furtos, no entanto, ficaram estáveis no mesmo período, na casa dos 3.000 por ano.

"Saio com a sensação de dever cumprido. Não só por conta dos índices de criminalidade, que tiveram resultados positivos, mas também porque, nos seis anos em que estive aqui, nunca tivemos um escândalo de grandes proporções envolvendo policiais", disse Abdalla.

A saída do seccional deve significar uma grande mudança no quadro funcional da Polícia Civil de Diadema. O delegado disse que levará o máximo possível de agentes - entre escrivãos, investigadores e delegados -, consigo para Mogi. "O número certo de pessoas eu ainda não tenho, porque não sei quantas pessoas o novo delegado pretende trazer", afirmou Abdalla.

A Secretaria de Segurança Pública não confirma a data exata da mudança, que segundo Abdalla deve ser na segunda ou terça-feira da semana que vem. Não foi possível localizar ontem o novo delegado da cidade. Ivaney já esteve cotado para assumir a Delegacia Geral de Polícia. Em 2002, quando passou a chefiar o Denarc, a missão dele era promover uma faxina no órgão, que na época tinha denúncias de corrupção, extorsão, abuso de autoridade e tráfico de drogas.

Antes de ir para o Denarc, porém, Ivaney foi o responsável pelo inquérito sobre a ação da polícia na rodovia Senador José Ermírio de Moraes, a Castelinho, em que 12 supostos integrantes de uma facção criminosa foram mortos. A operação da PM teve mais de mil tiros disparados e foi contestada em função da quantidade de criminosos mortos, mas Ivaney encerrou o inquérito considerando a ação da polícia como legal.




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