Os pais de alunos da Emeb Luana Lino de Souza, no Sítio Bom Jesus, em São Bernardo, estão preocupados com buraco de seis metros de profundidade que se abriu no terreno da escola e ameaça a segurança de crianças e funcionários. O problema acontece desde o dia 23 de fevereiro. Depois das chuvas da última semana, a direção anunciou que suspenderia as aulas por segurança.

A equipe do Diário esteve na Emeb e, ao andar no espaço utilizado pelas crianças durante o recreio, constatou que o solo está oco. No local onde está o buraco há apenas faixa colocada pela Defesa Civil interditando a área, além de duas salas de aula e a cozinha. As crianças só podem usar os banheiros do lado de fora da escola. Também se nota a falta de manutenção nas paredes e muros, que estão pichados, desbotados e cheios de rachaduras. Segundo os moradores, antes da construção da Emeb, o local era um brejo.

“Ficamos com muito medo e levamos as crianças para fora da creche quando chove”, conta uma funcionária que não quis se identificar. “O engenheiro que fez a vistoria disse que não há riscos, mas só de andar e ouvir o som do chão oco ficamos preocupados.”

Com uma filha de 1 ano e 6 meses, a dona de casa Tatiane dos Santos Persona, 23 anos, não vai deixá-la ir à escola hoje. “Eles tiveram dezembro, janeiro e metade de fevereiro para arrumar o estrago e querem fazer agora, com as crianças estudando. Além do buraco, falta papel higiênico e outros produtos de limpeza.”

Os três filhos da cabeleireira Valéria dos Santos, 34, passaram pela Emeb. Ela disse que nunca achou que a escola chegaria a essa situação. “Fomos até a Secretaria de Educação para tentar resolver o problema e só nos dizem que vão averiguar. As crianças estão sem uniformes até agora.”

A Prefeitura informou que equipe de manutenção começou a quebrar a rua ontem para efetuar o conserto. Ainda conforme a nota, laudo da Defesa Civil atesta que o vão não representa risco para os alunos e funcionários. As crianças retornam às atividades hoje. Sobre os demais problemas, o Executivo s disse que os uniformes estão dentro do prazo de entrega contratado com as empresas vencedoras da licitação, porém, a data de entrega não foi informada. Já sobre os produtos de higiene, afirmou que não estão em falta e os itens de limpeza estão racionados.